Agências de publicidade cada dia que passa ganham mais concorrentes. É impressionante o número de novos entrantes que vem aparecendo no mercado para competir por pedacinhos da pizza. Novos concorrentes no mesmo segmento que crescem oferecendo serviços cada vez melhores, se degladiando entre conseguir melhores resultados e melhores profissionais. É um cenário que até o fim do século passado agências de publicidade tinham em agenda: "Ver sempre a a grama do vizinho se está mais verde ou não."
Hoje com o advento da internet, aliada a um fenômeno de integração cada vez maior entre consumidor, mídias e resultados, além do nascimento de novos formatos de mídia. Acabou criando novos segmentos de atuação para empresas e consequentemente novos serviços. Empresas especializadas em e-mail marketing, em mídias sociais, em criação de websites, gerenciamento de conteúdo e etc. que indiretamente cooptam um pedaço da verba do anunciante anualmente. Sem falar os famosos micreiros e os famosíssimos "corretores". Somos todos carnívoros!
Contudo hoje empresas de outros segmentos vem adotando por uma questão estratégica (?) o nome "Comunicação" na fachada de suas empresas para ampliar assim de forma 'evolutiva' sua gama de serviços. Tudo isso ao meu ver é apenas uma forma de aglutinar serviços para não se esvair dos dedos da agência. Assim o mercado de quem é publicitário se abre e se amplia, mostrando que a comunicação em si vem crescendo oferecendo mais possibilidade de atuação.
O mercado para empresas como as que se especializaram em Marketing Direto, Below The line, Design, Internet, Promocional e Eventos, por exemplo, enxerga novos filões agora em direção a publicidade, que é onde gera maior receita. Agora me pergunto é um bom caminho? Esta "briga" por verbas só tenderá a piorar cada vez mais e o trabalho pode ficar sustentado puramente pelo dinheiro e não por sua especialidade. É fato.
(Por isso que acredito tanto na especialização multifacetada, onde o profissional precisará ser especiliazado em algum área, - no meu caso trabalho para ser em Branding, pois acredito muito nele, para oferecer o melhores serviços, mas com conhecimento em outras áreas de atuação.)
A publicidade hoje está crescendo tanto que a palavra Comunicação ganha maior força e significado. E o que mais me espanta (por ser real, admitível e sem volta) é o que o Dalton Pastore - Presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP), diz: “É algo normal. Vemos também agência de publicidade e de design entrando no ramo do Marketing. A comunicação evolui e não se apóia mais só em publicidade, hoje há vários novos formatos de mídia. E, em tempos de crise econômica, é o momento ideal para explorar e criar novos espaços na comunicação”.
E então você já pegou sua fatia de mercado hoje?
Para ler mais sobre o que falei, leia aqui.
6 comentários:
É Paulo...
Belo desabafo.
Não sei te dizer que fim isso tudo vai levar. Mas que estamos definitivamente no olho do furacão estamos.
abs
Raul T.
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O blog está cada vez melhor! Parabéns, meu amor! Sua fã... Beijos!
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ótimo post, Paulo.
a evolução[?] da comunicação nos obriga a conhecer tudo e tudo muito bem. Não temos que ser apenas publicitários e sim, marketistas, artistas, vendedores, arquitetos e até psicólogos...rs.
considero tudo reflexo de um mundo cada vez mais digital, globalizado, capitalista, exigente. O mesmo mundo que sem isso tudo nossa profissão nem exisitiria.
obrigada por sua visita ao 01brainstorm.
boa semana.
bjO=]
Minha opinião parece um pouco com a da Camille.
Eu não vejo isso como um problema do mercado publicitário, mas como um problema que envolve toda a sociedade.
Na década de 70 um bom profissional conhecia um pouco de tudo. Na de 80, se exige um conhecimento específico avançado. Na década de 90, é ideal um conhecimento específico, mas um conhecimento razoável de outras áreas. Hoje eu acho que o nível de exigência envolve aquele que tenha tudo isso, junto. Que conheça bem sua área, em todos os níveis possíveis.
Pessoalmente, eu acho isso bom, mas muito perigoso. As vezes tenho a sensação de que é tudo muito cíclico - em termos sociais. Primeiro, muito trabalho, com níveis quase robóticos. Posteriormente, se valoriza a qualidade de vida, o trabalho com tranquilidade, etc.
E isso eu vejo mais materialmente em coisas como: Fast Food - Slow food, por exemplo.
Não consigo formar uma opinião exata sobre isso, mas acho que é ter cautela, sempre. Tanto no sentido profissional, quanto institucional no que diz respeito a empresas "multi-uso".
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