domingo, março 27, 2016

A Internet das Coisas, a Energia Limpa e Big Data

A Internet das Coisas e a Energia Limpa:
"In 1977, the cost of generating a single watt of solar electricitywas $76. By 2015, the cost had plummeted to $0.36. After the fixed costs for the installation of solar and wind are paid back—often as little as 2 to 8 years—the marginal cost of the harvested energy is nearly free. Unlike fossil fuels and uranium for nuclear power, in which the commodity itself always costs something, the sun collected on rooftops and the wind travelling up the side of buildings are free. In some regions of Europe and America, solar and wind energy is already as cheap, or cheaper, than fossil fuel or nuclear generated energy. The Internet of Things will enable businesses and prosumers to monitor their electricity usage in their buildings, optimize their energy efficiency, and share surplus green electricity with others across nations and continents.
...
The Internet of Things platform will provide real-time logistical data on pick-up and
delivery schedules, weather conditions, traffic flows, and up-to-the-moment information on
warehouse storage capacities on route. Automated dispatching will use Big Data and analytics to create algorithms and applications to ensure the optimization of aggregate energy efficiencies along the logistical routes and, by so doing, dramatically increase productivity while reducing the marginal cost of every shipment.
By 2030, at least some of the shipments on roads, railways, and water will likely be
carried out by driverless electric and fuel cell transport and drones, powered by near zero
marginal cost renewable energies, and operated by increasingly sophisticated analytics and algorithms. Driverless transport and drones will accelerate productivity and reduce the marginal labor cost of shipping goods toward near zero on a smart automated Transportation and Logistics Internet."
- Jeremy Rifkin, no paper "A Smart Green Third Industrial Revolution 2015 - 2020 Digital Europe: The Rise of the Internet of Things and the Economic Transformation of the EU"

Num é sensacional isso?

domingo, março 13, 2016

O que os diretores e CEOs fazem quando não conseguem chegar na meta dos acionistas?

"When a company’s stock is overvalued, by definition managers cannot, in the absence of amazingly good luck, reliably and legally deliver performance that will justify its price. The market is setting a bar that firms cannot realistically meet.

What managers do in that situation, Jensen argued, is to make decisions that “will at least appear to generate the market’s expected performance in the short run.” In other words they start to make investments that encourage markets to believe the firm still has value-creating potential, even if they know that those investments will ultimately fall short. By doing this, managers can postpone the day of reckoning until they have left the company and can escape the consequences.
Typically, they adopt one or both of two strategies: Investing in fashionable technologies...Making glamorous acquisitions."
If overvalued equity were a periodic problem associated with bubbles, we would be concerned but not alarmed. But we’re coming to believe that this phenomenon is more commonplace and more serious than we initially suspected, and that it affects many important, capital-consuming sectors in the so-called real economy.
...is precisely when executives feel on top of the world that they need to consider the possibility that their strategies have run out of steam. To avoid the inevitable crash, they need to look for good reasons why their seemingly triumphant approach might fail and figure out fresher and more-realistic narratives for value creation."
Trecho do artigo "The Overvaluation Trap"do Roger L. Martin e Alison Kemper

sábado, março 12, 2016

O design thinking, a mulher e os valores que o ser humano esqueceu

Estes tempos lendo várias coisas diferentes, acabei sendo levado a fazer combinações de conteúdos que soaram meio estranha a primeira vista, mas vêm me causando uma reflexão pessoal grande.

A combinação
Riane Eisler propõe algo muito básico e muito lógico. Que possamos retomar um modelo de cuidado entre as relações, um modelo de parceria. Ela estimula a gente a pensar que este modelo atual de extração e dominação nos campos ambientas, de sociedade e polarizados não nos levou a nada, sobretudo porque eles tiveram uma base masculina em sua essência.

O papel do homem foi mudando ao longo dos séculos e este papel foi criando uma força destruidora em diversos níveis, afastando o aspecto de cuidado e parceria que havia no passado. Uma economia cuja parceria (não no sentido puramente econômico, mas no sentido social) é se torna um modelo vigente, carrega mais poder, pois não polariza, injeta mais valores femininos e aproxima o real significado de se construir algo junto independente . Vivemos um momento de transição como reflexo isto, e segundo ela, quando existe uma melhoria da qualidade de vida das mulheres existe um melhor PIB.



Ou seja, se formos olhar este video de forma isolada, sem o olhar político, suscito a pensar que o ser humano se afastou dele mesmo ao longo dos milênios por conta de fatores externos como ambientais e depois fatores industriais. 


Essa separação criou uma relação de poder e influência que perpetuou muitas guerras, polaridades e atritos sociais e familiares por gerações.

Curiosamente, um livro que terminei de ler que o recomendo fortemente, é o do Ezio Manzini, Design, When Everybody Designs: An Introduction to Design for Social Innovation. Descreve sobre o poder social do design, mas sobretudo, Ezio interpreta que o papel do designer ganhou proporções no mundo maiores e mais elásticas porque ele acredita fortemente que as pessoas têm poder de designing

Dois trechos recentes gostei muito:
"A inovação social e as organizações colaborativas têm...de algum modo nos re-habilitado e requalificado [para relembrar sobre a pratica da colaboração. Retrato esse que]... um número grande de pessoas não apenas estão redescobrindo o valor da colaboração, mas também aprendendo novamente a colaborar." 
Juntando
O que me suscitou ao juntar as duas linhas de pensamento foi que, diante do crescente modelo social em constante mudança que estamos vivendo, cuja colaboração está se tornando mais que um modelo econômico, mas sim uma virtude diluída na sociedade e sendo resgatado pela esperança e pelo acesso a exemplos convincentes (pela internet). Pensei: Seria o designer (e/ou a inovação social), um alavancador destas virtudes (simbolicamente) femininas da união, que talvez fomos nos esquecendo ao longo dos séculos? 

Sei que o gênero homem é participativo e é colaborativo. Acredito muito que é uma questão de cultura e de como fomos ensinados geração por geração, (baseado ou não nesta teoria no video da Riane).

O que me provoca é que as bases valiosas do design thinking são: empatia, colaboração, e experimentação. Basicamente, as duas primeiras são valores que exigem um grau de sensibilidade e sensibilização para que eles surjam e sejam adicionados no dia-dia. 

Estes dois valores são valores universais. É o que se deve fazer na vida como um todo! Coletividade não têm sexo.


Ezio comenta em seu livro que o papel do design como ativista social foi impulsionado justamente pelo poder de colaboração dado pelas redes, e é justamente este ponto. Porquê um gênero que 'foi desacostumado' a não colaborar ao longo dos séculos, está voltando a ter este ímpeto? É porque viu um novo martelo pela frente (leia-se a internet)? Acredito que não é só isso. Mas a mudança de novas possibilidades econômicas de se trabalhar, uma cisão no modelo das empresas, uma nova relação de trabalho com novas empresas emergentes e sobretudo uma fluido pensamento social que fomos laçados impulsionado pela internet e novas referências. Talvez isto tenho despertado essa sensibilidade não apenas para o fazer, mas também, para despertar uma elevação de consciência maior no próprio gênero masculino. 

Perguntei-meA Inovação Social teria um composto feminino da colaboração maior como impulsionador social, do que aquele estereótipo da competição e dominação personificada pela figura masculina, esquecida ao longo dos anos? A inovação social seria a faceta colaborativa para re-conduzir não só alguns valores, mas também progresso sistêmico para as cidades e bairros?

Sei que parece meio exacerbação, mas penso que quanto mais o design thinking for difundido realçando com bases sólidas estes 3 valores, a sociedade poderá ser aos poucos sensibilizada como se passasse uma camada que amolecesse o sistema de interação, julgamento e convívio social ao longo até então de cada um. Sendo o papel do designer hoje muito mais forte e importante numa construção de redes de relações.

Não só re-preparar pessoas para entender outras, mas também ter mais acesso a educação de conceitos como sustentabilidade, Cultura de Paz, comunicação não-violenta e o próprio empreendedorismo. 

A forma de pensar do design congrega temas, pois estimula vontades, desejos e ideias a saírem do campo da ideia para o real. Por isso que é tão importante que bases novas sociais sejam formadas com mais valores com profundidades universais e escaláveis. Sim, o design thinking é um pacote de valores escaláveis.

Ezio exemplifica isso com uma frase muito boa:
"...as capacidades para designing e colaboração são ambas intrínsecas a natureza humana, mas de acordo com o contexto nos quais as pessoas encontram-se vivendo, cada uma talvez esteja ou cultivando e desperdiçando elas. Assim, uma importante tarefa do expert em design é promover e desenvolver essas capacidades de forma difundida."
Então
Fornecer melhores condições para as mulheres hoje são tão importantes quanto relembrar os valores da parceria e da igualdade de relação, não de papéis. Este novo 'casamento' psicológico, social e progressivo vem sendo estimulado cada vez mais por diversas tendências, sobretudo pelo nossa disposição - tirando os radicais e extremistas - a poder ouvir e selecionar o que nos faz mais sentido.


Cultivar a parceria entre os sexos, encarará não só a mulher como componente de valor social - não apenas posta em áreas de trabalho genuinamente 'do cuidar', resgata que somos todos iguais e por isso somos um. Dependemos de cada um, porquê o que fazemos tem causa e efeito em algum momento. 

Que tal se 
a partir de agora (a causa) agíssemos através de novas bases de valor compartilhado para criar novos efeitos onde todos pudessem ser reconhecidos com valor e interdependentes? 

*imagem Rodion Kutsaev

Qual a teoria, qual a lógica que sua empresa busca para manter um olho no futuro e no presente?

"Assim como teorias acadêmicas podem conduzir cientistas a grandes descobertas, teorias empresariais são a gênese de ações estratégica geradoras de valor. Garantem a visão necessária para a exploração de terrenos desconhecidos, norteando a seleção de experimentos estratégicos necessariamente incertos."  
-Todd Zenger, Qual a teoria da sua firma?

terça-feira, março 01, 2016

Como podemos nos inspirar na lógica dominante do serviço para criar uma melhor proposição de valor para o nosso serviço

O Value Proposition é um convite a experiências que a empresa faz ao usuário, mas dentro dos ambientes físicos e digitais existe outro tipo de experiência formada, aquelas entre os consumidores C2C. Que qualificam, trocam informações e conversam entre si, este value-in-the-experience que cria as vezes valor para o consumidor porque permite interação, pode ser considerado uma Cocriação (C2C cocreation). Ou seja, dentro da value proposition de uma empresa e na experiência do serviço pode existir a Cocriação não apenas entre o fornecedor do serviço e o serviço (value-in-use e value-in-context), princípio abordado pelo sdlogic, mas também a Cocriação de valor entre consumidores que dão mais valor e peso emocional a experiência vivida no contexto. Sendo então, uma outra camada que o provedor do serviço deve pensar na construção do Service Experience e da Value Proposition pra criar mais significado. 

O valor neste caso vive também, mais do que no contexto, e na interação entre o fornecedor e o usuário, mas na inter-relação entre usuários que aumentam o senso de pertencer e o exercício de suas identidades. Provenientes do aspecto que todos possuem recursos sociais que permitem essa formação de valor. 

Ambientes que permitem Interações entre consumidores criam co-criações de valor em outros níveis, amplificando mais o valor na experiência (value-in-experience) do serviço. Como, casais informando e conversando com outros casais numa viagem, pessoas dando informações ou interagindo com outros estranhos, as vezes com as mesma capabilities como em eventos temáticos específicos. Exemplos como também conversas entre usuários no supermercado, experiências em festivais de música, viagens de turismo, ambientes de praia que estranhos convidam outros para uma partida de futebol, plataformas digitais que podem reunir e estimular trocas entre tribos, participantes de campings, entre outros contextos. 

Neste caso, fazendo o valor -mesmo continuando a ser algo subjetivo, evolui para um campo vivencial com mais significado porque existe a inter-troca durante a experiência. 

O Service Dominant Logic aqui, servindo como abordagem para aumentar o coletivismo e experiência do serviço. Por isso, que uma empresa customer-oriented é uma precondição de sobrevivência hoje em dia.

"Conceptualization of value realized through co-creation in S-D logic builds on notion of value as something that “resides not in the product purchased, not in the brand chosen, not in the object possessed, but rather in the consumption experience(s) derived therefrom”...In order to fully acknowledge customers’ perspective on value, marketing needs to adopt a mindset in which the customer is the sole creator of value, while the firm joins in as a supporter/ facilitator of customers’ value creation...understanding how customers define or experience value as outcomes remains an important subject in marketing. "
.
"customer-centric orientation...helps us to refocus attention away from value creation as something that is always service-related toward something that stems from the social experiences and practices among customers...posits that rather than treating their customers as partners in co-creation, service organizations should strive to find out what customers actually do with the service in the context of their lives and to accomplish their own goals... service providers would benefit from “a holistic understanding of the customers’ lives, practices and experiences, in which service is naturally and inevitably embedded”. Such contextual and interpretative enquiry into the dynamic interplay between customers’ social activities, practices and experiences could be converted into concrete ways for service providers to support and facilitate customers’ value creation."

Inspirado e Trechos retirados de "Social layers of customer-to-customer value co-creation"