quarta-feira, dezembro 26, 2007

A disputa pela mente do consumidor



Al Ries é uma sumidade em termos de defender o posicionamento como estratégia principal para implementação de uma construção de marca nessa guerra mercadológica constante seja entre produtos ou entre marcas.
E hoje uma vedete (que continua sendo) é o Marketing de Guerrilha, que ainda suscita comentários e esclarecimentos sobre como funciona e como se faz para atingir e ser captado pelo seu target.

Vai a indicação do livro do Al Ries e Tybout, chamado Posicionamento - A batalha por sua mente, que ajuda a esclarecer e ajudar criativos e gestores a desenvolverem estratégias mais eficientes e as vezes até exóticas.
Porém hoje quero deixar uma transcrição breve que coletei no blog Marketing 360 GRAUS, escrito por Paulo Rubini, consultor de Marketint e guerrilheiro, referindo-se ao marketing de guerrilha e a possibilidade do uso de "ações ousadas e inusitadas para chamar a atenção para uma marca ou produto."

Artigo:
O cara pode até fazer uma guerrilha pra chamar a atenção da mídia. Mas não adianta nada fazer guerrilha esporadicamente só porque a verba ta curta. O que eu tento passar pros meus clientes é que ser guerrilheiro requer mudança de atitude. Ser guerrilheiro não é apenas fazer ações de rua, emboscadas ou marketing viral. Ser guerrilheiro é compreender que você tem concorrentes com o bolso mais fundo que o seu, e que pra aparecer você precisa ser mais ousado.
Ser guerrilheiro é entender que propaganda intrusiva não é a solução. O empreendedor que percebe que estamos na era da informação vai utilizar isso como beneficio. Pra que voce vai pagar rios de dinheiro por 30 segundos no intervalo do jornal nacional se você pode aparecer no noticiario por 3 minutos sem pagar nada? O cara que é guerrilheiro sabe que no intervalo a maioria das pessoas faz zapping pra ver o que tá passando em outros canais. 
O cara guerrilheiro sabe que pagar uma página inteira no jornal pra simular uma máteria não compensa (qualquer jornal coloca bem em cima claramente que é propaganda). O guerrilheiro sabe que compensa mais gerar notícias legítimas.
A atitude não é só na comunicação com o público alvo e mídia. Empreendedor guerrilheiro sabe ousar na hora de criar a embalagem do seu produto, na criação do seu logotipo, no slogan, no jeito de atender o seu cliente.
O marketing de guerrilha tem que ser abordado de maneira total pela empresa.


E para ajudar:
Uma matéria que saiu no Webinsider, escrita pelo consultor sobre recursos de marketing Renato Fridschtein, comentando sobre um lançamento de um livro que pode ajudar os guerrilheiros.

Um método simples para criar anúncios que dão certo


Estratégia é tudo. Se o anúncio que você criou falha ao aplicar a estratégia de seu negócio, é melhor jogar fora e começar de novo. Veja aqui dicas importantes do criador dos conceitos do marketing de guerrilha.

Os antigos egípcios desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor” - Pérola de vestibular


Responsável por incontáveis pequenos negócios que se tornaram operações de porte, Jay Conrad Levinson é mais conhecido como pai do Marketing de Guerrilha, uma das melhores séries de livros de negócios da história. É sua a campanha de marketing mais famosa de todos os tempos, O homem de Marlboro.


Em seu livro mais recente, Guerrilla Marketing for the New Millenium, nos conta que estratégia é, para o seu negócio, o que um mapa do tesouro é para um explorador.


Também alerta que se o seu anúncio falha ao aplicar sua estratégia, é um anuncio fraco – não importa o quanto você goste dele – e sugere que jogue-o fora e comece novamente.


Neste volume, ele apresenta uma fórmula para a criação de marketing de sucesso, fácil de seguir. São apenas 7 passos, deixe-me resumi-los para você:

1. Encontre o drama inerente em sua oferta

Afinal, você planeja ganhar dinheiro vendendo um produto ou serviço ou ambos. As razões que as pessoas têm para comprar de você devem dar uma dica do drama inerente ao seu produto ou serviço. Alguma coisa em sua oferta precisa ser inerente ao interesse de alguém ou você não iria por à venda. Para a bebida energética para atletas, é a alta concentração de líqüidos revitalizantes e sais minerais.

2. Traduza o drama inerente em um benefício ou vantagem real

Lembre-se sempre que as pessoas compram beneficios, e não características. As pessoas não compram shampu; as pessoas compram um bom visual ou limpeza ou cabelos manuseáveis. As pessoas não compram carros; as pessoas compram velocidade, status, estilo, economia, performance e poder. Uma mãe não compra cereais; ela compra nutrição, apesar que muitas compram qualquer coisa que suas crianças comam – qualquer coisa. Então, encontre o maior beneficio em sua oferta e escreva-o. Deve vir direto da característica inerente ao drama. E mesmo que você tenha quatro ou cinco beneficios, fique com apenas um ou dois – três, no máximo.

3. Apresente seus beneficios de forma tão plausível quanto possível

Existe um mundo de diferenças entre honestidade e plausibilidade. Você pode ser 100% honesto (aliás, como sempre deve ser) e as pessoas ainda não acreditarem em você. Você deve ir mais além da honestidade, além das barreiras que a propaganda erigiu com sua tendência de exagerar, e apresentar seu benefício de uma forma que seja aceito sem qualquer dúvida.
Uma empresa de cereais poderia dizer, “uma tigela de nosso produto provê sua criança com quase a mesma quantidade que uma pílula de complemento vitaminar”. Esta frase começa com o drama inerente, transforma-o em beneficio e é apresentado de forma plausível. A frase soa como uma verdade incontestável.

4. Chame a atenção das pessoas

As pessoas não prestam atenção às propagandas. Elas só prestam atenção às coisas que lhes interessam. E, às vezes, elas encontram essas coisas numa propaganda. Então você consegue interessá-las. E enquanto você está aí, faça com que este interesse se volte para seu produto ou serviço, não só o seu anúncio.
Tenho certeza de que você se lembra de algum anúncio interessante, mas não se lembra do produto. Muitos publicitários criam anúncios mais interessantes do que o produto que estão anunciando. Você pode evitar esta armadilha, memorizando esta frase: Esqueça o anúncio… O produto ou serviço é interessante? A companhia de cereais poderia colocar seu ponto de vista, mostrando uma imagem de duas mãos quebrando uma capsula de vitaminas de onde caem cereais em uma tigela de visual apetitoso.

5. Motive sua audiência a fazer alguma coisa

Convide-os a visitar sua loja, como a empresa de alimentos faria. Diga-lhes para telefonar, preencher um cupom, enviar uma embalagem ou código de barras, fazer uma degustação ou pedir uma demonstração gratuita. Não se contente com pouco. Para fazer o marketing de guerrilha funcionar, você precisa dizer às pessoas exatamente o que você quer que elas façam.

6. Esteja certo de se comunicar claramente

Talvez você saiba do que está falando, mas e os seus leitores e ouvintes?
Note que as pessoas não estão realmente pensando no seu negócio e que não irão prestar atenção totalmente no seu anúncio – mesmo quando elas estiverem prestando atenção. Coloque-se como alguém de fora para ter certeza que está passando sua mensagem.
Você poderia mostrar o anúncio para 10 pessoas e perguntar qual o ponto principal para elas. Se uma pessoa não entendeu, quer dizer que 10% das pessoas poderão não entender. E se você rodar o anúncio para 500.000 pessoas, pode ser que 50.000 não venham a entender o ponto principal. Isso é inaceitável. Cem por cento da audiência deve entender o ponto principal. A empresa de cereais poderia fazer isso começando com um título ou subtítulo dizendo “Dar nosso produto a suas crianças é como lhes dar vitaminas – só que muito mais gostoso”. Tolerância zero à ambigüidade!

7. Meça sua peça de publicidade em função de estratégia criativa

Sua estratégia criativa deve servir como guia e vai fornecer dicas para o conteúdo do seu anúncio. Se você não fizer isso, você acaba criando as peças de publicidade no vácuo. E isso não é ser criativo. Se o anúncio vai na linha de sua estratégia, então você pode julgá-lo contra outros elementos.
Não se deixe enganar pela simplicidade deste método. Ele funciona perfeitamente com qualquer produto ou serviço e pode transformar seu negócio porque aborda a natureza humana.

Fonte: Marketing 360 Graus - W
ebinsider

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Kibom, dá Ipod


Kibon vai colocar iPods dentros dos picolés. Para alavancar as vendas no verão, a companhia investiu R$ 12 milhões para modernizar a tradicional campanha “Palito Premiado”: a partir do dia 18 de dezembro, 10 mil iPods Shuffle, de verdade, serão colocados dentro das embalagens da linha Fruttare.

Para colocar a idéia em prática, o principal desafio era o de manter o iPod congelado a -20º C, garantindo o bom funcionamento do produto. Depois de meses de estudos e esforços da Kibon, da Bullet (agência responsável pela ação) e da Apple, fabricante dos iPods, criou-se a solução: o mock-up, uma réplica do sorvete feita de silicone e fibra de vidro. Mas a empresa garante: apertando o sorvete, não é possível perceber a diferença entre o picolé verdadeiro e o recheado com o iPod.


A promoção é válida para todo o território brasileiro até 31 de março, em todos os pontos de venda da Kibon, inclusive nos carrinhos de praia. Os picolés Fruttare com base água têm preço sugerido de R$ 1,40 e os picolés com base leite e pedaços de fruta têm preço sugerido de R$ 1,60.


Apesar de ganhar um picolé de mentira, os compradores premiados não devem ficar sem sorvete: junto com o iPod haverá um bilhete informando o número de um 0800, segundo a Kibon. Depois do contato, o ganhador receberá em casa os acessórios do iPod, e, justo, um picolé legítimo.


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Interessante, né? É interessante perceber este fenômeno ''Ipod', dentro do cenário de Promoção. Um objeto de desejo que as vezes é bem mais utilizá-lo como atrativo para uma promoção (claro, dependendo do público a quem se quer atingir) do que os usuais Ecosport, Fox, Citroën, entre outros e sai bem mais em conta para a empresa anunciante.

É interessante pois é possível oferecer maiores chances ao consumidor de ganhar, além de criar um vínculo mais emocional com a campanha e com a marca. A partir do momento que o produto a ser oferecido não tem um valor
alto, como um carro, é possível oferecer assim mais em maior número de um produto, como o Ipod Shuffle. E acredito que foi uma jogada bem interessante no mínimo. Será quem tem picolé de maçã?

Fonte: G1