quinta-feira, novembro 22, 2012

Sempre se preocupe com o futuro [Mark Cuban]

"Sempre pergunte a si mesmo como alguém poderia antecipar o seu produto ou serviço. Como eles podem colocar você fora do negócio? É o preço? É serviço? É a facilidade de uso? Nenhum produto é perfeito e, se existem bons concorrentes em seu mercado, eles vão descobrir como abusar de você ". Mark Cuban


Via brandautopsy

terça-feira, novembro 20, 2012

A experiência é a estratégia de marca

Alguns posts atras Focado no Cliente ou na experiência dele?O dever de uma empresa é entregar experiências Engajamento de Marca e Experiência [Parte 1] e Por que o cliente não volta? falei muito sobre experiência como componente importante de construção de marca. Aqui dou continuidade ao que comecei. 

Uma empresa não pode criar uma experiência. Ela apenas pode construir requisitos que permitam ao consumidor ter uma experiência. Afirmação dita por Zomerdijk & Voss no artigo Service Design for Experience-Centric Services, no Journal of Service Research. Coisa que se conecta a proposta Service-Logic Dominant, de Vargo, que coloca o serviço como parte principal na criação de valor e fonte de renda, aos invés de produtos. (mais)



A empresa segundo eles, deve desenvolver pre-requisitos que somados, renderão uma experiência. Isso é feito através de um processo de transformação e absorção semântica durante o 'ato do serviço', onde a estratégia da marca é traduzida dentro dos pontos de contato, formando assim uma experiência para o consumidor. 

Assim, o serviço - como qualquer experiência ante-durante-depois da compra de um produto também, é uma promessa, é uma projeção da estratégia da marca. Por ele, o serviço, ainda não ter sido usado/experienciado, se torna apenas um conjunto de artefatos que formarão o serviço e podem proporcionar  assim um construto para uma experiência.

Daí a importância de se desenhar serviços, para entregar melhores conjuntos coerentes de experiências. Sendo então um 
processo para alinhar o conceito do serviço à Estratégia da Marca. O Brand Experience, tão bem quanto o Brand Entertainment (ou Product Placement) aqui ganha uma importância, não apenas como aspecto tangibilizador de um valor da marca, mas como um componente de formação de um posicionamento na mente do consumidor através destas manifestações.




Então, se qualquer contato com o cliente, seja de mensagem, de canais ou de experiências, são manifestações da marca que representam a identidade da marca para o consumidor, elas formarão a estratégia da marca na cabeça e coração dos consumidores. 

Como a estratégia de marca é desenvolvida por quem decide, os decision makers, caso estes não tenham informações profundas, reais e co-criadas com o consumidor. O conjunto de pre-requisitos destas "promessas de entrega" do serviço, podem sair enviesadas pela "maneira como queremos ser vistos", ou desconexas com as reais necessidades dos clientes. Ou ainda em ultimo caso com diferenças perceptivas em cada touchpoint ou de mensagem. Não havendo assim um alinhamento de marca coerente, em mensagens ou experiências. 


Valores da Marca vs Valores da Empresa
Um outro aspecto na construção da marca a ser levantado para entrega de experiências como forma de criação de experiências e promessas, é a distancia entre os valores da empresa e os valores da marca. Cria-se a marca, desenvolve-a e projeta-se comportamentos, mas que entram em embate com os valores vigentes da empresa, estes que impedem ainda mais a criação e a manutenção de promessas coerentes para os serviços propostos. Assim, um "strategic thinking" se torna um pensamento silado ou um pensamento-peneira, com diversos furos e com dificuldade de gerenciar uma identidade. Difícil de ser incorporado e difícil de ser amadurecido.  

Levando-se em conta que identificar, propor e traduzir valores das marca se torna uma competência difícil de ser gerenciada consistentemente, a coerência acaba surgindo como uma possibilidade mais factível de acontecer. Necessária, internamente quanto externamente. 

Internamente pelo Internal Branding, que poderíamos dizer que seria o Brand Engagement (ou Engajamento de Marca), que ajudará a disseminar coerentemente os valores da marca por experiência proprietárias e identificadoras com o publico interno, para gerar engajamento. (Mesmo não gostando do nome Branding Interno, pus no post para exemplificar)
Internal branding is the process of aligning culture, infrastructure, leadership, and metrics. It empowers employees to live the brand through how they do their jobs, their internal and customer interactions, and personal expression.
Assim, percebe-se que o branding entra em um momento, cujo o gerenciamento (e criação) de experiências se torna mais relevante do que puramente gerenciar mensagens correntes e consistentes. Pois, as experiências são componentes mais fortes de lealdade e de awareness do que palavras, mensagens, cenários e mundos construídos pela publicidade ou apenas pelo design no campo estético. A mensagem continuará a existir, mas a experiência se torna componente mais visceral para share of heart. Afinal, na maioria das vezes você é recomendado pelo coração, não pela cabeça.


Assim, quando em matéria de marketing, propaganda, mídias sociais, as estratégias e as táticas, se tornam elementos de manifestação da marca, que não são mais possíveis ter controle sobre a mensagem, apenas propor significados e proposições. Então, parasse de 'dizer' e começasse a 'fazer'. Caso englobando uma possível promoção, o Como será elaborada, ganha importância mais do que O QUE será dito. E se esta estará de acordo com a estratégia da empresa (vender) e na marca (reputação). 

Se caso o planejamento tático, a criação de novos produtos ou serviços não tiver coerência com a marca, a empresa inconscientemente irá caminhar para uma Empresa focada no Consumidor, e não Baseada na Marca, desconsiderando os sinais que ela emite na formação de experiências, mas mais na venda de produtos/serviços. Sendo assim, um caminho perigoso para a commoditização, caso não haja a inovação.

ref: http://parlatodesign.com

The Artist with Steve Blank // Now I Know

Frase do dia [Glenn D. Pincus]

"The reality is that building a strong brand means delivering maximum value to customers as consistently as possible. And that means every employee delivering on the brand promise in every action affecting suppliers, co-workers, and customers...every time." Glenn D. Pincus, Principal, Customer Processworks

terça-feira, novembro 13, 2012

Reflexões sobre Branding e Brands

Estamos desenvolvendo melhores marcas para serem melhor consumidas e, não para causas ou convicções humanas
As novas disciplinas, estudos, toolkits que aparecem são ferramentas de mudança de mindset ou estão servindo apenas para consumirmos mais?

A inovação e a felicidade são mudanças, não estados

A inovação e a felicidade são mudanças, não estados.
Ironicamente uma das leituras que mais ando fazendo estes tempos é sobre como despertar e promover uma cultura de inovação dentro das pessoas e dentro das empresas. Por mais óbvio e até mesmo "piegas": Toda mudança começa por você. Este é o ponto que aqui quero levantar.

Muitos têm emprego, ou estão estudando para ter, ou já são grandes profissionais (ou serão) em suas empresas e profissões. Contudo, a maneira como você pensa hoje é a maneira como você gostaria de ser e trabalhar?

Este é um ponto que vivemos hoje. Um momento de transição onde o que desejamos ser em como a estrutura social, econômica e de trabalho nos fornece. Provocando uma tração dentro de nós.

Estive na HSM ExpoManagement este ano e tive o prazer de ouvir Sir. Ken Robinson, o cara que vem promovendo mudanças e despertando nas pessoas, através de seus livros e palestras, uma nova maneira de pensar sobre o modelo de educação vigente no mundo, cujo não estimula a criatividade, não desperta o senso do EU e promove, quando em alguns caso, repressões ao que você gosta ou tem mais habilidade de fazer. 

Pensando sobre isso, começo a refletir em como mudar este modelo tão enraizado hoje. 

Temos que mudar duas gerações: a de hoje, das empresas, dos profissionais Geração X; e a de amanhã, os profissionais Geração Y e os posteriores. O trabalho não é fácil porque o ambiente que fatores macro não permitem mudanças rápidas. Mas elas já estão acontecendo.

Despertar a criatividade tem haver com se sentir bem. Sentir-se bem não deve ser, como na criatividade e encapsulados em seus brainstorms, algo com tempo para acabar. E despertar o senso de engajamento tem haver com como me sinto hoje e como me sinto envolvido por esta causa, assunto, tema.

A questão é: Estamos bem? Andamos realmente bem com nossas vidas? 

Por que o que mais vejo são pessoas descontentes que reclamam das segundas-feiras, que alegram-se com as sextas, que oprimem sentimentos e que descabam e pedem demissão em busca de novos ares, reavivar paixões antigas ou sonhos.

Existem dois pontos aí: As pessoas se destimulam por não conseguirem mudar elas mesmas, ou elas estão desestimuladas por não conseguirem mudar seus ambientes de trabalho?

Diante do fato que mais 70% da população vivem nas cidades, as empresas se tornam produtores, sejam de riqueza, alimentos, subsistência. Por isso, modificar a qualidade dessa produção certamente afetaria toda a cadeia de relacionamento da empresa e da sociedade.


Cal Newport, autor de So Good They Can't Ignore You: Why Skills Trump Passion in the Quest for Work You Lovefalou na Época Negócios este mês: 
"Não siga sua paixão. Em vez disso, desenvolva habilidades raras e valiosas, com estudo e disciplina e repetição. Elas permitirão controle e autonomia. E a paixão aflorará."
Não tenho uma opinião formada sobre esta declaração, mas suspeito ser um modelo-mental realista que perpetua mais a racionalidade do que o aspiracional e emocional. É algo como "não estou feliz onde estou, mas vou me superar e serei o melhor nisso que faço." Não sei, ainda não tenho uma opinião concreta, porém reflito sobre o quanto um pensamento que não inclui a paixão como drive inicial poderia ser real. Mas não deixa de ser uma visão pragmática e prática. Posso estar enganado.

O como estou me sentindo determina o nível de engajamento, que significa o quanto envolvido eu estou. Que determina o quanto de energia eu estou disposto a investir em alguma situação. Ela por sinal, determina minha motivação. Ou seja, estamos nos tornando uma sociedade que 'pede o final'. Todos queremos motivação, mas poucos querem saber como nos sentimos e como gostaríamos de nos sentir.

Despertar o senso de construtor, de self-made man, do espírito do empreendedor (criativo) e estimulado pelo que acredita (mesmo que seja uma crença que falhará) é o que anda faltando, como também o intra-empreendedorismo, diante de processos que podem estar engessando. Lembrando que não é apenas 'pedir' para serem mais empreendedores, mas entender e dar ferramentas para tal. Estes aliados a uma mudança de mindset que engloba disciplinas como design thinking, colaboração, open innovation, triple bottom, (win-win-win) e sustentabilidade. Poderia provocar uma mudança na maneira como produzimos hoje.

Ao falar lá em cima que ando buscando como despertar mais a criatividade e a inovação nas empresas - estudando e fazendo cursos de forma autodidata, percebo o quanto nossos sentimentos (nosso motor), crenças e valores (nossa roda) estão enfraquecidas. São momentos de oportunidade para novas empresas, pessoas e modelos e é um momento de reflexão.

Acredito que despertar e extrair a criatividade das pessoas, está sendo para algumas empresas e pessoas, um exercício de esquizofrenia diante do modelo que já estão acostumados a trabalhar.

Curiosamente li este texto dias atrás do Francisco Albuquerque, da Agencia de Co-Criação que casa com o que estou dizendo. Ele dizia:

"...a cultura de colaboração é o único caminho para que o indivíduo se descubra e deixe o seu talento fluir com menos culpa de ser compreendido como uma carta fora do baralho.
O pensamento e a atuação em rede (colaboração entre pessoas) é o grande guia para essa nova geração de profissionais que estão em busca principalmente de descobrir-se em suas carreiras (valorização do eu), e de participarem de projetos alinhados àquilo que acreditam e compartilham."
Hoje a inovação saiu dos departamentos, antes encaixotada e começou a tomar um corpo mais fluído e interdependente com o ser humano, outros departamentos e a sociedade. 
Contudo, despertar a criatividade é refletir que errar é parte do processo, de que superar-se é colaborar, de que buscar gatilhos internos fica mais fácil quando somos 'boas pessoas'  treinamos nossa sensibilidade no(s) outro(s).

Além do mais, enxergar que precisamos de 3 perfis de pessoas para conduzir a inovação numa empresa: o evangelista, o gênio criativo e o líder inovador. Cada um terá seu papel ou as vezes faze-se os três papeis em pequenas empresas. Este é o desafio de equalizar, unir e somar partes que todas devem funcionar olhando pela ótica do ser-humano.


Assim, ser inovador hoje, e me arrisco a dizer, é ser mais feliz, primeiro com você para depois promover nos outros. Seja por serviços, projetos, processos ou produtos. É manter a paixão de Thomas Edson em querer produzir uma revolução e trabalhando em equipe, quanto a garra de Ayrton Senna em querer ser o melhor no que faz, quanto também ser um poeta para entender as  pessoas.
No fundo..."You are your most important relationship. – Happiness is when you feel good about yourself without feeling the need for anyone else’s approval.  You must first have a healthy relationship with yourself before you can have a healthy relationship with others.  You have to feel worthwhile and acceptable in your own eyes, so that you’ll be able to look confidently into the eyes of the people around you and connect with them."
Pois bem, se a mudança começa por você, o que você (Paulo!) numa posição de liderança ou não, está fazendo para mudar isso? Você sabe como fazer a mudança? Está buscando referências fora do comum?

(Nota mental: fazer o que escrevi no post.)

Ref: 

http://www.transitioning.org/2011/01/07/is-lack-of-creativity-to-be-blamed-for-our-poor-entrepreneurial-spirit/
http://www.marcandangel.com

quinta-feira, novembro 01, 2012

Reflexão sobre os seus valores e a orientação da sua empresa

Se sua empresa é orientada para o consumidor - portanto, é centrada no consumidor. Quando no fim do mês, caso a equipe de vendas ainda não tenha batido a meta, eles insistem em vender os produtos para clientes que não precisam ou não tem o perfil desejado?

Frase do Dia, Carolyn Taylor

"Cultura é o que é criado das mensagens que são recebidas sobre como as pessoas devem se comportar." Carolyn Taylor

Tone of Voice and Brand Identity