Você desejaria o bem para uma pessoa que você nunca viu na vida?
Vou refazer a pergunta: Você desejaria o bem para uma pessoa que você nunca viu, mas você segue-a no Twitter?
Bem, mas você desejaria ao vivo?
Essa pergunta eu me fiz depois de dois episódios que aconteceram comigo. O primeiro foi há uns 3 meses, Natal passava por um grave momento chuvas intensas de vários dias quase que ininterruptamente, na capital. E isso fez aparecer vários pontos de alagamento na cidade. Certo dia varias casas em um vários bairros foram inundadas subitamente. Uma enchente invadindo várias casas em vários bairros depois de uma noite longa de chuva.
Curiosamente algumas pessoas twittavam muito durante a chuva e uma pessoa que sigo retuitou mensagens de outra que havia sido atingida pelas chuva, em desespero depois de ver sua casa sendo inundada. Vi a RT, e me sensibilizei com a pessoa que foi prejudicada. Enviei várias mensagens de incentivo, prestando-me a qualquer ajuda.
O momento foi emocionante. Ela me agradeceu e recebeu diversas mensagens de incentivo de várias pessoas e aos poucos a água baixou. Voltando ao normal, apesar das perdas momentâneas.
Ontem, me deparei novamente fazendo o mesmo ato.
Sigo diversas pessoas no Twitter, e me sensibilizei com o que ocorreu à Ana Carolina Rocha, a @tchulimtchulim. (ela foi atropelada brutalmente por um onibus em SP) E sem nem conhecer, muito menos ter trocado sequer mensagem com, deseje-a: força e melhoras.
Fiquei pensamento no poder das redes sociais neste momento na capacidade de aproximar e oferecer oportunas expressões de solidariedade à pessoas em momentos difíceis. Como também na vontade destas em comentar algo tão particular com amigos ou conhecidos na rede. (coisa que seria bem diferente no G+ com seus círculos)
Pode parecer piegas, mas passar uma simples mensagem pode fazer grande diferença às pessoas, mesmo que sejam curtas e simples. Não espero nada, apenas quis manifestar algo que me fez refletir sobre como o ser humano pode oferecer e ajudar (existe uma campanha de doação de sangue à Ana Carolina rolando pelo Twitter) pessoas, que procuram (ou não) de ajuda.
Levanto aqui o poder invisível que a internet pode oferecer às pessoas, como o Crowdsourcing, como também o Crowdfunding como mecanismos sociais de ajuda e trabalho social. É invisível, mas pode ser sentido.
Faço aqui a pergunta inicial do post: Você desejaria o bem para uma pessoa que você nunca viu na vida, ao vivo?
Acho difícil, infelizmente. Você certamente pensaria que poderia estar invadindo a privacidade da outra pessoa. Ao mesmo tempo que a internet aproxima, ela nos esconde, blinda ou "faz o trabalho" de não nos fazermos presente. Essa é a maravilha e a desgraça da internet.
O real é importante, mas o digital também se tornou. Não há vida na internet, mas nós precisamos dessas expressões da vida para nos alimentarmos.(assim como a arte)
Deixo aqui um projeto muito bacana que vale a lembrança:
Doe Palavras from RC Comunicação on Vimeo.
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