terça-feira, agosto 16, 2011

A vida e o poder aprender com nossos clientes


A busca pela essência de uma empresa - e até de uma pessoa, é uma busca extremamente complicada e ate mesmo dolorosa. Em alguns casos demora-se anos ou gerações para se descobrir "Quem realmente você é e qual o seu propósito de vida (da sua empresa existir)."

Perceber quem você é no mundo de hoje está cada vez mais difícil e como digo as vezes, embaçado. Porque o dia-dia nos retira a auto-reflexao. É trabalho que você leva para casa, é o tempo que você não tem com sua namorada/esposa/família. É aquele tempo que você gostaria de ter para um lazer ou uma atividade física ou ate mesmo aquele tempo que você gostaria para um projeto paralelo. O trabalho nos consome a reflexão dos detalhes e são os momentos de exílio ou de estar fora destes ambientes que ajuda a gente pensar no sentido da vida, nas ferias, no que fará o final de semana, enfim, em pequenas (ou grandes) metas da sua vida.


O importante dizer é que quando você tem um bom ambiente de trabalho, saudável, com pessoas prestativas, e um ambiente que a informação compartilhada. Esses pensamentos fluem de forma mais natural e espontânea, desafogando um pouco o stress. Sem dúvida que o contexto influencia a velocidade da sua mente, e o conteúdo processado ganha conexões de acordo com o local.

Venho lendo cada vez mais sobre empresas que procuram "entregar felicidade", entregar resultados sustentados por uma  trabalho a 8 mãos: da empresa, do empregado, do consumidor e da comunidade. Não é fácil porque existe sempre cobrança por resultados que unam o share of market, mas também o share of heart.

Tony Hsieh, CEO da Zappos (autor de Satisfação Garantida - altamente recomendável) empresa que se tornou conhecida por criar métodos internos de valorizar, reconhecimento e geração de resultado via uma melhor relação empresa-funcionário,  disponibilizando até o seu Book Culture - que recomendo muito a leitura. É um bom exemplo de como a preocupação primeira com a "casa" para depois com o cliente é importante. Que inserem uma cultura 'humana' e no ambiente toma outros ares.

Existem outros exemplos como do Santander, pelas mãos do Fabio Barbosa, da Osklen, pelo Oskar. A Jonhson & Jonhson. A cadeia de hotéis Marriot. Enfim, diversos casos de empresas que tem culturas que nos fazem perceber como membros maiores de uma causa.

Agência (ou em alguma empresa)
Quando se trabalha em uma agencia de publicidade você lida com todo tipo de pessoa (de verdade), desde daquele que faz questão de te prejudicar, até o cara que não bate bem dos pinos, (isso lembrou algo?) independente disso, no ambiente impera geralmente é criatividade e produtividade.

Teimo em dizer: "Agencia teima em não querer ser empresa." Onde eu quero chegar? De que nós damos sangue, e as vezes temos que buscar respostas para nossas buscas dentro de nós, nossas atuações, ou as vezes em referenciais externos mais sitantes - fora do trabalho. Porque muitas vezes a agencia (empresa) não presa ou não tem um posicionamento de valor ou muito menos não a pratica há anos.


Ou seja, vendemos sonhos, planejamentos sensacionais, quando muitas vezes na nossa casa não existem bons exemplos. Por isso somos guerreiros. Somos apaixonados mesmo. Servindo isso não apenas à publicidade, mas a qualquer segmento, ou fornecedor. A pior coisa é saber que você está ali apenas temos que pagar as contas. Cadê sua causa? Cadê o seu propósito?

Não quero generalizar aqui. Nem fazer mimimi. Não tenho tanta experiência em agencias para determinar nada, apenas quero levantar a reflexão sobre como algumas empresas (agências ou não) são geridas, mas é o que observo pelo mercado, aqui em Natal e com alguns amigos em São Paulo.

É uma simples observação que faço: Será que podemos aprender com o anunciante? Por que nossas agencias procuram entregar o que as vezes internamente não praticam? O que falta?

fonte:
http://underconstructed.tumblr.com
ffffound.com

2 comentários:

ibsen disse...

Excelente reflexão, Paulo.

Paulo Peres disse...

Opa Ibsen, que prazer vê-lo por aqui. Fico feliz pela sua presença e comentário.

Um abraço!
Paulo Peres