Sou um viciado em livros. Compro mais livros que meu tempo permite lê-los. Não é fácil gerenciar essa minha demanda interna por conhecimento. Sendo grande parte deles sao livros técnicos, de mentalismo e psicologia. E aqueles destinados a arte aumentam, mas em menor número. (infelizmente) Enfim...
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Neste contexto, buscamos na verdade a perfeição. Mas sera que a perfeição é realmente boa? Se colocarmos a perfeição como uma cadeia. Ela tem seu limite. Ela pode não ser mais aperfeiçoada e talvez nao consigamos enxergar ela quando encontrarmos.
Porém penso uma coisa, encontrar a perfeição é de uma certa maneira uma busca por um controle. O controle absoluto do que você almeja, se você quer aumentar o seu controle, você o amplia, você o replica. E replicar é ter poder. Replicar é abrir para interpretações. Cada interpretação é única.
O que eu quero dizer com isso? Que o trabalho em busca da perfeição pode ser apenas mais trabalho, e por isso corre-se o risco de nao ser notável, único e emocional. Mas sim execucional. O perfeito pode ser ruim porque nao pode ser melhorado, mas o que é notável, artístico e altera as regras do jogo é o que destaca diante do que é bom, do que ê perfeito. Perfeito pode ser apenas uma evolução da eficiência, mas será que temos humanidade suficiente para evoluir?
Você gosta daquele artista porque ele é perfeito ou porque ele é notável, único? O único toca. O perfeito encosta. Isso me lembra uma frase do Picasso: "A arte nunca tem fim." Porque ela é única e emociona. Não existe perfeição para arte. Porque a arte emociona e a emoção é individual e hoje sentimos falta de emoção. Temos opções, mas não temos emoções. (Talvez tenhamos que ser artistas em cada uma de nossas especialidades.)
A perfeição pode ser encarada como um aspecto industrial, repetitivo e possível de alcançar, mas difícil. Já a unicidade é única. Tirar 10 na prova de português, avalia o quão criativo voce é? Isso pode ser perfeito? E escrever uma história envolvente, e não tirar 10 pode ser considerado só bom?
Diante disso, Pensamos que a maneira como avaliamos nossas tarefas e empregados tem uma perspectiva mais cartesiana e menos humana. Avaliamos o resultado, não o "como".
Em tempo de termos como ROI, o profissional (ou artista) que arrisca ser único, pode esbarrar na maneira industrial de ser avaliado. No entanto, ser bom é necessário, mas ser notável é muito mais inesperado do que a perfeição.
Assim, continuarei comprando livros, tentando equilibrar, apesar de tudo, a busca da perfeição, mas também em ser único. Porém, agora com uma estímulo à notoriedade (será?), mas primeiro (ainda) sendo bom. O ponto de virada é equalizar a "economia híbrida": Capitalismo: "Faça seu trabalho, e nao o demitirei.", com a Economia dos presentes: "Nossa, isso é incrível!".
Ser único é aplicar a Cauda Longa em você em comparação aos outros.
imagens: Google images
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