Uma pena que a capa do novo livro, Marketing de Atitude, do Julio Ribeiro, Fundador da Talent seja tão simples, normal e sem brilho, uma vez que o conteúdo (palpite), deve expressar um grandeza maior do que a capa traduz.
Certamente (um palpite) o que o Julio quer dizer não precisaria ter a palavra "Marketing" no título (leia-se diversos títulos americanos que são além do 'marketing'). O Marketing é uma disciplina de entrega e o que ele estimula é um drive, algo antes do Marketing, segundo a entrevista para o Mundo do Marketing (leia!), onde ele diz: "...um modelo dentro da empresa no qual as pessoas se sintam bem, porque não
gostar dos clientes faz com que eles não gostem de você."
E depois: "...primeiro passo é fazer com que as pessoas tenham estima por elas
próprias, porque se você não gosta de si mesmo, dificilmente alguém
gostará de você."
E ainda se realça quando ele diz "A razão para estar na empresa é gostar dela, depois vem o salário." Daí pergunta-se: é preciso ter um propósito de marca? e o Julio responde:
Esse propósito é a base do Marketing de Atitude. As pessoas precisam pertencer a algum grupo e, na empresa, a sensação de desimportância do funcionário é que gera a infelicidade. As diretorias é que são as grandes culpadas disso, porque fazem reuniões para falar de metas. Isso é um bem do acionista, mas não do empregado.[sensacional colocação] O que proponho é a criação de um plano que faça as pessoas gostarem uma das outras e, assim, dos clientes, porque, quando você é bem tratado dentro de uma loja, automaticamente retorna e acaba indicando para outros.Tenho grandes suspeitas de que o que o Julio fala esteja além do marketing, mesmo que ele seja vendido com este termo. Acredito que o que ele fala é empatia. Que segundo Denise Eler "...significa tratar o outro da forma como gostariamos de sermos tratados. Na verdade, significa tratar o outro da forma como ELE gostaria de ser tratado. Isto pressupoe um esforco muito maior..." Coisa que Thomas Lockwood também fala um pouco.
Centrado no ser humano
Na verdade é human-centered-business (uma visão do Design Thinking), que vem antes do marketing ou de qualquer disciplina. É centrado no ser humano, porque começa pela compreensão das necessidades e motivações das pessoas que cercam você em seu meio profissional no dia a dia. Você fala com essas pessoas, as ouve e considera a melhor forma de ajudá-las a fazer um bom trabalho. Como no seu bem-estar.
Se você quiser ler mais sobre tem um paper interessante aqui: Human-Centered Business Process Management
Como nesta apresentação do Robert van Geenhuizen onde ele diz:
[‘Human Centered Business thinkers believe that success starts with maximizing value for humans in which profit is the result, not the other way around.’ If you want to design a business model that effectively creates value for people..."]
Mudança
Essa é uma grande mudança de mentalidade (diante da força do autor) que se realçou depois do lançamento - livro o qual gosto muito, do Kotler, Marketing 3.0. Onde ele enfatiza a necessidade de olharmos para dentro da empresa, para novos modelos de criar produtos, serviços e relações com as pessoas, tanto internamento quanto externamente, ou seja, empatia.
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Realidade
Enfim, querer entender REALMENTE as pessoas, começando pelo ambiente de trabalho é um grande avanço. Ainda mais quando o endosso vem do Julio, certamente é um livro que vale ler! Como o Fazer Acontecer, que é uma grande referência na área. Cujo entrou para o hall daqueles que o publicitário tem que ler ao lado dos do David Ogilvy.
Assista os 41s deste video e veja como 'ter a percepção da realidade' é o caminho. E a realidade enfatizo aqui, não é só o que o mercado, metas têm que ditar, mas é olhar internamente e outros pontos de contato também, como este artigo no Unplanned pincela: Permita que gostem de você.
Portanto, olhar o planejamento, como também o negócio do cliente pela ótica da empatia é mais difícil, mas mais barato a longo prazo, pois o estudo profundo, a reunião de informações mais profundas e realmente preocupadas em entregar o que as pessoas atualmente querem e precisam, mais do que o que nós pensamos que elas querem ou precisam [pode criar uma nova forma de se criar serviços e ambientes de trabalho].
Existe muita retórica ao redor de uma empresa ser centrada em pessoas, mas quando esta perspectiva surge dos grandes líderes isto é um grande estimulante.
imagens: http://mundodomarketing.com.br e holykaw.alltop.com
2 comentários:
Massa Paulo. Bela Coleta excelente texto.
Valeu Grande Caio. Um prazer tê-lo por aqui. Que bom que gostou do texto.
good night, good evening.
Abraços!
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