domingo, setembro 16, 2007

Sobre o Mercado de Luxo

Bem, esta pesquisa do post anterior, não nos dá nenhum parecer concreto sobre o consumidor, mesmo que não seja aquele o possível comprador dos tais 'objetos de desejo' e, aí estamos nos referindo ao Aston Martin, no entanto dá uma possível idéia de que esses objetos de desejos estão sendo 'conhecidos' e se tornando 'populares', e que vem crescendo ano a ano no Brasil e no mundo a busca e compra por eles.


No entando um ponto forte que é interessante realçar apenas como gancho temático, é o que ocorre nos mercados mundiais no que se refere ao mercado de Artigos de luxo.


Estive no Fórum Internacional de Branding, realizado pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) aqui em São Paulo e um dos palestrantes foi Carlos Ferreirinha, especialista e Presidente da MCF Consultoria. Empresa voltada à Gestão de Marcas de luxo e Premium.


Durante sua exposição, apresentou vários dados que afirmam que o mercado de luxo no Brasil anda crescendo em torno de 20% ao ano e no Mundo. E um dos maiores expoentes desta nova atitude da moda, é a LMVH - Moët Hennessy Louis Vuitton, (holding francesa especializada em artigos de luxo, sendo atualmente o maior grupo nesta especialização. Foi formada pelas fusões dos grupos Moët et Chandon e Hennessy e, posteriormente, do grupo resultante com a Louis Vuitton), que figura no 17° lugar entre as Marcas mais valiosas do mundo, tendo um valor de marca de $17 bilhões (Fonte: Interbrand).



Um dos pontos mais interessantes desta marca tão mítica é seu valor no mercado, pois do valor do faturamento anual da LMVH, 60% vem da marca Loius Vitton, que após a entrada do executivo Bernard Arnolt em 1984, o valor e as vendas desta marca tiveram um crescimento estrondoso que marcou a história da moda no mundo trazendo um status de business ao cenário da alta-costura.
Esse fenômeno das marcas de luxo vem afetando todos os setores e influenciando o mercado, inserindo novos produtos e trazendo uma efervescência a maneira de gerenciar uma marca. Ajudado muito pelo conceito cada vez mais latente nas grande empresas, o branding. Um exemplo tupiniquim de empresa que está se apropriando do conceito de luxo, chamado Trading-Up, é a Boticário que acaba de lançar um novo perfume, o
Lyli Essence, voltado exclusivamente para o mercado de luxo, que hoje é vendido ao preço R$275,00. Valor praticado na venda do Chanel N°5. Vale destacar que hoje o luxo e essa atmosfera que sempre nos envolveu está cada vez mais acessível e suportável. E o luxo hoje vive uma era diferente de todas que passou. Vive-se a Era da Democratização e não
da popularização das marcas de luxo, ao contrário do que se pensa, pois a população está tendo maior acesso aos artigos continuando a pagar preços equivalentes.


Diferentemente de outros mercados o mercado de luxo é incomum, pois não se vende produtos, e sim excelência. Neste mercado o maior diferencial não é o produto em si, mas a capacidade dele suprir seus desejos e emoções de exclusividade e eficiência. E este cliente no Brasil e nos países em desenvolvimento está em um crescendo, saindo do patamar de massa e se transformando em classe, com cada vez mais poder aquisitivo e ávido por artigos únicos e com alto padrão de qualidade.


No entanto, Hoje não é quem vende mais que tem o maior prestígio e maior awareness
por parte do consumidor. E sim aquela que consegue se diferenciar em sua forma de experiência e relacionamento com o consumidor, vide o exemplo do Bradesco. Hoje é o maior banco privado do país, seguido pelo Itaú, mas em uma pesquisa pra identificar seu índice de lembrança, seu nome não foi o mais citado, perdendo para o ABN Amro Bank - Banco Real, por sua postura sustentável e voltada a responsabilidade social.


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