Design Thinking e sua relação com o hoje
Certamente terei rechação por este post, mas vou arriscar levantar a questão: Mesmo o design thinking, com sua propriedade e capacidade colaborativa e humana, não estaria sofrendo um pouco com a sustentabildadade de suas ações? Como assim? Será que adicionarmos a pergunta: "Que tipo de consumidores estamos criando - pro futuro, através das nossas técnicas de entender, problematizar, prototipar e lançar, pode ser um caminho mais real de projetar (e "desenhar consumidores") consumidores para o amanhã?
Levanto isso por que hoje o Google, criou um consumidor que exige agilidade, rapidez. Tudo o que é inventado hoje em termos de internet e mobile é preciso ser rápido e funcional. Ou seja, da mesma maneira que o iPhone 'acostumou' o consumidor a querer ser mais integrado, social e móvel, o Google aperfeiçou seus algoritmos e Ux (usabilidade/experiência do cliente) para transformar um setor e um mercado inteiro, elevando o padrão. Hoje os consumidores de Smartphones são mais sensíveis aos design e ao "mais fácil de mexer" e isso a Apple estimulou. Como qualquer app, site etc que criamos no ambiente on line precisa ser 'ágil, objetivo e de rápido acesso'.
"Many customer and Ux designers have been solving wrong design problems. They´re trying to create better experiences. They´re attempting to make innovative features and functions easier to use. They´re [JUST] paying close attention to customer response." Michael SchrageProvocação ao Design Thinking e às MarcasPenso que o design thinking pode estar hoje num processo de evolução - visto pelo maior acesso e debate dele, porque imagino-o como um meio extremamente poderoso, contudo, (posso estar vendo-o de forma restrita) um meio para "resolver problemas do hoje". Isso é ruim? Sem dúvida que não, levando-se em conta que existe uma grande demanda de serviços no Brasil vindo de todas as classes e por seguinte, exigência por maior experiência de consumo físico ou on line e usabilidade maior. É perfeito.
Contudo, a 'futurologia' que faço é: A forma que estamos resolvendo os problemas (wicked problems) de hoje está criando que tipo de consumidor? E complemento: A forma como as marcas estão resolvendo os problemas (wicked problems) de hoje está criando que tipo de consumidor para a sua empresa e mercado?
Vendo a questão desta ótica percebemos como as empresas são agentes sociais de desenvolvimento, produção e experiencial claros. E então, Quem a sua empresa está criando?
Espero que tenha ficado claro, como penso a importância das marcas hoje no além do aspecto mercadológico, mas comportamental. Fazer as perguntas certas pode ser o caminho (mindset) para ter melhores perguntas no futuro. Para um continuos improvement da sociedade e do capitalismo.
Estou pedindo demais? Elocubrando? Pra mim me parece coerente. E como recentemente li o livro Start with Why do Simon Sinek, cujo separa em 3 dimensões a função da cada empresa: WHY: porquê realmente nós fazemos o que fazemos; HOW, como nós fazemos/entregamos nosso propósito; e, WHAT, o que a empresa faz. Mantendo o raciocínio do Simon e juntando com o Schrage eu adicionaria uma coisa ao pensamento dele: What Kind (que tipo: que tipo de consumidor você quer ele se torne), entre o Why e o How.
Então, o que acha?
2 comentários:
Putz Paulo...esse pensamento eu gostei....com este novo cenario você abre um leque de possibilidades e direcionamentos...agora ta saindo fumacinha da minha cabeça....kkkkk....parabens!!!
Não sei se voce já leu este artigo do mauricio manhaes....
Service Disciplines: Who does What, When, Where and How?
http://service-design-network.org/node/1780/
Allan Moura, que coisa boa!
Fico realmente feliz pela sua reposta. Quero é instigar a pensar mais sobre.
Qualquer coisa me envia um e-mail paulocomunica@gmail.com
que batemos mais papo.
Conheço este artigo do Maurício sim.
Grande abraço!
Postar um comentário