segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Qual a pergunta principal que a marca deve fazer?


Marcas bem sucedidas são marcas inovadoras
Terminei de ler Who do you want do your customer become? de Michael Schrage. É um livro promissor e extremamente instigante. Feito para estrategistas e profissionais de usabilidade (ux), inovação, branding e marketing e vendas.

Logo no início já o autor provoca você à pensar "Que tipo de consumidores a sua empresa, marca, produto está tentando criar?" Acho que esta é uma das perguntas mais importantes que devemos fazer ao analisar uma empresa concorrente ou para olhar a atuação da sua própria empresa. O grande "mal" desta pergunta é que poucos querem pensar, poucos querem refletir sobre o seu negócio e os efeitos dele. Justamente por vivermos em um mundo imediatista, o curto-prazismo de pensamento, embaça nossa capacidade de reflexão e abstração da realidade.

"Em que negócio nossa empresa está?", esta é a pergunta que Theodore Lewitt fez há muitos anos no artigo Miopia de Marketing, e que ainda provoca confusão até hoje, por que o que achamos que é (as vezes o negócio é visto apenas no aspecto racional) na verdade é o WHAT - o que fazemos e não o WHY - o porquê fazemos. Lewitt instiga que:
[To succeed... “The entire corporation must be viewed as a customer-creating and customer-satisfying organism. Management must think of itself not as producing products but as providing customer-creating value satisfactions . . . In short, the organization must learn to think of itself not as producing goods or services but as buying customers, as doing the things that will make people want to do business with it.”]
A partir do momento que vemos a empresa como orientada a criar valor ela fica intimamente ligada a olhar o ser humano e seus valores empaticamente, em sua totalidade. Afinal, para criar valor (ou "propor valor") você deve "vestir os sapatos do consumidor" e isso é você procurar olhar o que é valor (e necessidade) na visão do consumidor. Assim, fazer pesquisas menos racionais e mais qualitativas se torna mais importante como argumento de criação e melhoria de um produto, serviço e/ou inovação. 

Podemos fazer uma ligação da atuação da empresa na entrega de um propósito pelos seus produtos. "hoje em dia, não basta mais, ser diferente, é preciso ser diferente por um motivo ou propósito que interesse a todos os públicos estratégicos, gerando fidelização e recomendação de forma a ampliar as relações e vínculo." como o Marcelo Trevisani comentou. 

Seguindo o raciocínio, entendemos que quando a empresa/marca é construída pelas vistas do ser humano, ela se torna orientado para o ser humano devendo se tornar a essência de toda empresa. Despertando desejo e propondo valores. 


Se pegarmos esta frase "Successful innovators don’t just ask customers and clients to do something different; they ask them to become someone different." e trocarmos para "Brands", podemos perceber que ela faz todo sentido nos dias de hoje. Porque ela sai de uma marca que fala, para uma marca que faz, que propõe um comportamento. E a inovação neste aspecto vem para antecipar e transformar consumidores. 
"Successful innovators ask users to embrace—or at least tolerate—new values, new skills, new behaviors, new vocabularies, new ideas, new expectations, and new aspirations. They transform their customers. Successful innovators reinvent their customers as well as their businesses. Their innovations make customers better and make better customers." Michael Schrage
Portanto, o branding se posiciona como evangelista de um mundo em que os consumidores poderiam viver e, a inovação entrega este mundo

imagem dianhasan.wordpress.com | http://blogs-images.forbes.com/fabiennefredrickson 

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