sexta-feira, fevereiro 15, 2013

A realidade do nosso tempo pode nos esconder todos os dias

Li este artigo We’re Marketers, Not Soldiers: How Combative Competition Is Killing Creativity hoje e fiquei abismado do quão interessante ele soa claro quanto ao tempo que vivemos (que me lembra também o nosso VUCA World): 
Nos escondemos atrás de números para sobreviver ao amanhã e às novas metas do amanhã. Pior quando estes números são inatingíveis. Nossas vidas se tornam um inferno e nossas realidades insuperáveis e abismos distantes hierárquicamente. Daí a importância de rever nosso sistema de recompensa e design organizacional, para equilibrar metas e rendimento, baseado-se em novos padrões organizacionais.
O excesso de dados nos conduz a uma realidade 'do sempre atrasado'-como no mercado de tecnologias e a falta de tempo não nos permite retirar insights dos números. Daí nossa angústia permanente de não conseguir criar um processo para absorver valor dos números e dos sinais. Ficamos distraídos com o externo. Então para onde olhar? Para dentro.
When you inspire someone to look inward, it becomes their vision, not yours--and the difference between intrinsic motivation and external manipulation. It’s why the book is often better than the movie.
Planejar está mais difícil, mas se nos olharmos como seres humanos e para nossas reais necessidades, e não os clientes como targets a serem atingidos. Esta visão pode ajudar a 'segmentar' nossa realidade. E ajudar a planejar ações menos (pensadas primeiramente) numéricas, do que resolver os problemas das pessoas. Utopia? Talvez para alguns segmentos. Por algum motivo me lembro de empresas com cultura de ownership se isto seria possível.

E como escrevi aqui:
"Uma meta numérica leva à distorção e ao fingimento - especialmente nas situações em que o sistema não tem condições de atingir a meta. Todo mundo sempre vai atingir a meta que lhe é determinada. Ninguém será jamais responsabilizado pelo prejuízo que isso causa." W. Edward Deming (o pai da gestão da qualidade).
Pois bem,

"The goal is to win the battle and live to fight another day, not to plan and build a brighter future. So we conduct huge segmentation studies trying to carve out brand territory and vigilantly monitor competitors in costly tracking studies. And we seek safety in numbers and data-driven solutions--the new weapons of digital economics. The data serves less to inspire new ideas and more to protect us and cover our backside. These efforts kill time and short-change creative development, resulting in even more pressure. So we live and die by daily fire drills..."
...
We need to shift from a competitive stance to a creative mindset. We need to live in the conscious presence of the prefrontal cortex--the part of the mind that doesn’t fear that the other guy will steal our slice of the market share pie, but imagines ways to bake a bigger pie. By quieting the selfish aggressive instincts of the body, you’ll begin to evolve and engage the mind, which is “no body” and “beyond self.” You will create bigger and better outcomes.

So if you really want to beat your competitors, focus on your customers with wonder and curiosity; and as people, not targets. Lead their imagination. And stop trying to hurt everyone."

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