Fabio Colleti Barbosa é um daqueles presidentes de empresa que tomou uma postura, uma causa, que modificou todo o segmento e a vida de pessoas. Transgrediu "éticas instituídas" dentro da empresa e criou e construiu uma nova maneira de pensar para as pessoas e para um segmento de mercado tão estigmatizado quanto o bancário.
A partir de uma postura centrada no humana, calcado pelos 3 Ps: Profit, People, Planet, fez acelerar a importância de se pensar numa política ganha-ganha-ganha (ganha o cliente, ganha a empresa, ganha a sociedade). E assim, levantou uma bandeira difícil de se erguer, que foi dispensar clientes que não se alinhavam aos valores da empresa. Antigamente como responsabilidade social, e hoje como susutentabilidade. Vale ressaltar que sustentabilidade aqui não é puramente aplicado ao lado ambiental, mas sim a entender que falamos de um processo que se realimenta, independente se o 'meio-ambiente' entra no processo. Sobretudo, que faça bem a sociedade (um mundo melhor) e indivíduo. O que é bom para a sociedade é bom para o indíviduo, mas quem contróe a sociedade é a atitude individual.
Fabio acredita que para fazermos um melhor trabalho, a mudança tem que começar de 'dentro para fora' (parafraseando Gandhi) e a partir da revisão de valores que nós todos seguimos ou dizemos seguir, sermos mais disciplinados para seguí-los, em todas as instâncias dentro da empresa. Não aceitando empresas que não adotem posturas e políticas sustentáveis; a criação de produtos/serviços que de alguma maneira contribuam ou ajudem a melhorar a relação do ser humano com os outros e a sociedade. Além de uma revisão de processos internos na empresa, repensamento sobre o uso de materiais de escritório ou na linha de produção que tenha menor impacto ambiental, e até mesmo revisão da forma de atendimento ao cliente e trato, contratação e relação com os funcionários etc.
Perceber que somos parte integrante de um ecossistema de relações com o meio-ambiente, leia-se mercado, sociedade, stakeholders etc, ajuda a clarear a idéia de que o que fazemos no dia-dia afeta qualquer um destes touchpoints seja de forma mais tímida - como um simples 'bom dia' ou um sorriso, seja de forma mais interna como acordos em contratos ou relação com fornecedores. Até mesmo no simples ato de jogar lixo na rua. Revisar-se e perceber que nossas "...atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que voce diz", Ralph Waldo Emerson, contribue para saber se nossa Promessa de Marca, que nosso Posicionamento, que nossas ações sociais, que nosso investimento em patrocínio, que nossa política de SAC, que nossa relação neste mundo On e OFF é uma coisa só, estamos expostos e temos que responder por nossas posturas. Nossa possibilidade de "ser e fazer o jeito certo" é mais difícil do que o 'jeito errado', mas em compensação ajuda a entender que para sermos felizes temos que adotar posturas que transformam e constróe coletivamente.
É claro que existe um saudosismo em relação ao Banco Real, este que tinham muitos defeitos também. É claro que existem inúmeros problemas com o Santander hoje. Foram choques culturais, que ainda vão permanecer erraisados por algum tempo até que 'fique menos ruim' esta transição. Fato é: o Fabio contribuiu para que o termo levantasse questões importantes sobre o meio social, ambiental e filosófico das empresas. Ele adotou como postura de Líder Transformador (ou dirigente), tomando como guia 7 Moedas de Valor (contarei em um outro post para não ficar tão longo) que vi no livro da Betania Tanure, Os dois lados da moeda em fusões e aquisições - cuja a leitura é totalmente inspiradora, que o ajudou a ser um norte nas tomadas de decisões desde sua entrada para o ABN AMRO BANK.
"Ética não significa perfeição, mas uma vontade genuína de fazer o certo." Betania Tanure
Deixo aqui alguns videos interessantes sobre este Presidente que cunhou a frase: O jogo é difícil, mas é na bola, não na canela. E que tanto me inspira e inspira outros empresários a promover um mundo melhor.
Curiosidades: Ele acredita que a principal reforma que o Brasil necessita é a de valores. Segundo ele devemos evitar com todas as forças o "jeitinho brasileiro" e a frase "É assim mesmo" em nossas vidas. Separei uma passagem inspiradora para mim. Clique para ampliar.
Imagem: Veja
# Se quiser se aprofundar, leia os posts:
- Branding. Você imagina o que seja?
- Seu filho sabe o que é Sustentabilidade?
- Marca do Banco Real será substituída pela do Santander
- O resgate da honra
- Branding: a marca no contexto digital
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