terça-feira, setembro 11, 2012

EPIFANIA SOBRE O PADRÃO E O TEMPO

Uma pequena reflexão que fiz durante a leitura de Sobre Deus e o Sempre. Livro de Nilton Bonder.

"A inexistência de um padrão que nos conforte, nos causa um desespero quando no dia-dia das nossas vidas. Em tudo! Pois já nascemos predestinados a seqüência natural do mundo, do antes, pelo agora e para o futuro. O ato e nascer ja é um atrito a realidade que vivemos e nos confortamos quando estamos na ventre. Onde nos sentimos protegidos, acolhidos. Nascer é romper o tempo do que imaginamos ser para sempre, que é o padrão, o padrão da certeza e do acolhimento e do imutável. O nascer nos entrega a outro padrao ambiental que é o nascer e o se por, do sol. Vivemos e nos agarramos aos padrões para vivermos e termos acalento em nossas decisoes, como se exercitassemos a atemporalidade em nao querermos pensar no tempo do amanha, mas apenas esperar pela certeza do dia seguinte, ja é uma tentativa de não sermos culpados por nossos pensamentos ou atos, mas encontrar o alibi no conforto do tempo.


Contudo o livre-arbítrio é o reflexo de um estresse a ordem natural da seqüência que cultivamos espitirualmente ja no ventre e é ela que convive paralelamente com a seqüência do sempre, do constante e do eterno em nossas vidas.  O que não muda pode ser apenas o simples ato de continuar, ou o simples ato de mudar diariamente, quando podemos adotar a possibilidade de sermos  e termos mais livre-arbítrio. Afinal nós somos artefatos criados por outros seres. Nem nossos genes são nossos.


Por isso a frase: "Quem espera sempre alcança", é uma ode a decisão de não entregar nossa vida à uma dimensão de tempo, muito menos do passado, nem do futuro, nem do presente. Mas sim, entregar a uma certeza invisível convicta que jogamos a esperança de que nós iremos encontrar, absorver e presenciar. Aqui o tempo não age, apenas a esperança. Esta que é atemporal, não precisa do tempo e não é composta de matéria, apenas da dimensão divina e inviolável de nossa convicção.


Portanto, o padrão é um conforto que nos é apresentado quando seres formados, mas que evitamos ela a todo custo, mas a aceitamos ao passar dos anos, como um ciclo natural em nossas vidas e espíritos.


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