No post ele adiciona um video do Jack Dorsey, co-founder do Twitter onde ele explica que adotou a cultura de criar varias startup´s dentro de uma startup. Penso que este modelo diferente daquele que em muitos lugares funcionam como aquele "você se vira para sobreviver" é talvez mais eficaz por ser amparado por um gestor (e cultura) e não um fiscalizador que te pune e lhe põe e não elimina barreiras.
O que eu quero dizer? Deixa me explicar. As vezes em algumas empresas é criado aquele "departamento-paralelo" de projetos, que tem por objetivo ser uma espécie de "bala de prata", uma vitrine para o mercado etc. criando e lançando projetos, idéias e que se vingar a gente investe, se não, vai acabando aos poucos.
Aí "pós-não-dado-certo", nós podemos pensar (ou o nosso "chefe" pensar da gente): "Eu não era tão empreendedor, assim." Ou não, você sai com o gosto de dever cumprido, mas magoado internamente. Contudo, o que acredito que muitas vezes acontece é a falta de uma "orientação embaixo do guarda-chuva". Ao invés de lançar-se em um projeto que limita-se a puramente ser avaliado pelo nosso grau de talento de gerenciar e de auto-gerenciar, acho que muitas vezes somos esquecidos.
Habilidades todos nós temos ou podemos adquirir, mas relacionamento interpessoal top-down nem todos nos dão. Por isso penso que ter um coach na empresa (ou para aquele projeto) é algo bem interessante de se propor quando queremos lançar iniciativas paralelos in company. Afinal, é bem provável que nós nos cobremos mais.
O coach neste sentido serviria como um conselheiro e um observador presente do andamento da idéia, adicionando conhecimento, orientando processos e avaliando idéias. Para empresa, pode ser encarado como um custo a mais (e é), mas será que não teríamos uma segurança maior na entrega?
Estou lendo "Os primeiros 90 dias", de MICHAEL WATKINS, e logo no primeiro capítulo ele comenta, que muitas pessoas quando são promovidas não conseguem desempenhar suas atividades e voltam ao seu posto anterior, porque se agarram ao passado - porque não são orientadas ou não fazem uma reflexão como: "Eu cheguei até aqui por estes motivos, minhas habilidades e competências. Estão me promovendo para resolver problemas novos, que não conheço."
Empreender não é para qualquer um. E é muito comum "irmos na louca e depois vemos como será". Penso que não existe ação sem conhecimento. Deixar puramente que nossa motivação e determinação sejam combustíveis para o nosso sucesso é apostar alto. Só que aí penso: "Será que temos tempo para analisar antes de executar?" Na maioria das vezes não. Ser empreendedor é superar seus próprios medos e um exercício de criatividade e busca da excelência. Nós crescemos baseados na nossa determinação e não na motivação.
Um tweet da @rosana me lembrou este post: "Não existe sucesso sem processo.". Mas antes disso o motivo que "Accountability" está na base da pirâmide na imagem é que temos que "ser excelentes" antes de abraçar um processo. O senso de urgência que este modelo emprega é necessário para o sucesso de toda a cadeia.
Lembro que estive na ExpoManagement 2011, e vi uma palestra do João Cordeiro especialista no tema "Accountability", ele dizendo que "Accountability vem de dentro para fora", porém a empresa tem papel importante para impulsionar. Comportamento participativo? Ou seja, quem "te gerencia" é um líder mesmo ou um "supervisor dos seus trabalhos"/julgador"? Se for a segunda opção, não há motivação que sustente qualquer "departamento-paralelo".
O João falou:
- Pessoa comum: piloto automático, conformado, faz o que é pedido, micro gerenciado, formalidade, se coloca como vitima
- Pessoa Excelente: estado de alerta (fator de longevidade), inconformada, macro gerenciado, auto motivado, paixão por realizar, ambiciosa
- COMO SE TORNAR EXCELENTE:
- Estado de alerta
- Perceber
- Pegar para si
- Pensar diferente
- Agir!
- Gerar resultados
Seguir pelo que acredita é importante, mas não a única maneira. Acredito muito na orientação que Endeavor, Sebrae dão para pessoas, empresários. São percepções valiosas que servem para construir nossa personalidade também no trabalho.
O futuro (ou presente) nos empurra um modelo de ser cada vez mais competitivo e focado em nós mesmos e nossas metas mais altas, leia-se "cabeludas". O futuro nos exige no presente. Quero muito estar sempre alinhado aos meus objetivos de vida. Metas altas sempre são importantes, mas ter o sentimento "People" (topo da imagem) a cada decisão que eu faço é o meu norte de vida.
Quanto mais você exigir de si, menos você deve pedir para as pessoas, mas mais você deve envolvê-las. Afinal, tudo nasce de dentro. Cada funcionário é uma cultura e cada cultura nasce baseado em experiências e referências (ou orientações).