Primeiro para entender, Joseph Murphy é um cara que escreveu seu primeiro livro em 1963, O poder do subconsciente, onde chacoalhou os cristãos e religiosos, da forma de se pensar em fé, abrindo um movimento chamado: Novo Pensamento. Ele estimula que: "A fé é uma atitude da mente." Tudo envolve o pensamento e a mentalização, baseada na fé. A fé seria o input para desencadear qualquer objetivo na sua vida, diferente da religião ou religiosidade.
Então, durante o livro ele cita diversas escritos da Biblia como forma de reforçar o pensamento de que a fé faz parte de uma Infinito poder (divino). Exemplo: "Deus me protege com suas asas da bondade", ou, "O Senhor é meu pastor e nada..." etc.
E daí? O que me chama a atenção é que na Biblia existe inúmeras metáforas. E são repetidas de milhares de anos na cabeça das pessoas. Fazendo um paralelo, Dan e Chip Heath em seu livro Ideias que Colam, que o cérebro é formado por "alças mentais", onde "quanto mais ganchos uma idéia tiver, melhor será seus encaixe na memória". Isso reforça a ideia de usar metéforas, como também emoção e o contexto. (Veja mais sobre o livro aqui e aqui)
Metáfora não deixa de ser uma figura de linguagem que força algo primário que é contar histórias, respeitando o contexto do outro. Fazendo com que criemos significados usando um elemento de sua experiência para entender outro. Ela nos dá a oportunidade de elastecer nosso pensamento e aprofundar o entendimento, permitindo-nos ver as coisas de maneira novas e agir de maneiras novas. Ela ajuda a viajar sem se mover.
Bem, é uma intertextualidade interessante quando migramos isso para o universo da Comunicação quando vemos anúncios simulando cachorros-peixes, ou frases como "Red Bull te dá asas"; da Liderança quando precisamos passar mensagens mais claramente e críveis; do Design com suas embalagens que simulam corpos ou carros que simulam sorrisos, entre tantas outras formas. Caindo no funil das expressões: "É como se fosse...", "Olha, parece...", "O objetivo aqui foi...", em cada frases iniciais de cada discurso que ouvimos. Ou em anúncios como:
Enfim, a Bíblia, como qualquer outro livro pode ser apenas uma referência de estudo para analisar e perceber que há milhares de anos o homem tem a necessidade de contar histórias e de passar mensagens de forma mais clara. E passar seus pensamentos. Ou seja, a necessidade de ouvir e contar. Usemos a metáfora para que "O consumidor acredite que é o que o produto faz com que ele pareça."
É o que o Dr. Gerald Zaltman, professor de Harvard Business School e um dos pais do Neuromarketing, comenta neste filme (ative as legendas em português):
Portanto, quando for falar, escrever um texto ou um anúncio, ou até criar uma apresentação em PowerPoint, a metáfora pode ser um aliado na hora de exemplificar e testar a audiência do seu público.
Tem um post interessante aqui, e aqui.
Fontes: ccsp, ccsp
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