sexta-feira, junho 06, 2008

Sex and the City, o Oscar do Merchandising




Nesta época onde grandes filmes trazem grandes verbas de patrocínio. Um filme em especial chama a atenção pelos inúmeros objetos de desejo que aparecem 'livremente' durante o filme. Estamos falando obviamente de Sex and the City, que estréia hoje em todo o Brasil. No filme, é explorada a amizade e as várias situações amorosas e cômicas que as personagens solteironas passam e como pano de fundo a belíssima Nova Yorque é certamente o mais esperado do ano.

O filme é um exemplo perfeito da força do merchandising na indústria do cinema. As personagens Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon), Charlotte (Kristin Davis) e Samantha (Kim Cattrall), são recordistas de merchan nos EUA. E a Sarah Parker encabeça assombrosos US$ 25 milhões apenas com publicidade. E inclusive sendo garota-propaganda do lançamento de um Shopping em São Paulo, o Cidade Jardim. Assinada pela agência MPM. Veja o filme: aqui.

Sex and the City é um filme daqueles onde o que vale é a imagem e o que está sendo exposto e principalmente o quão caro é. E grifes famosas aproveitaram esta oportunidade para expor suas marcas, virando uma vitrine para marcas famosas como: Skyy Vodka (da Campari), Mercedes-Benz (lançando seu utilitário GLK branco - que por sinal belíssimo), Louis Vitton com suas famosas bolsas uma delas valendo R$13,6 mil; Jimmy Chod, grife britânica de sapatos, Swarovsky, grife austríaca de jóias e D´Arouche, que é uma marca paulistana de roupas.

A Mercedes lançou um site para promover o New York Fashion Week, além da cidade de NY e o utilitário GLK (aqui) que vem sendo esperado ansiosamente pelo público brasileiro, além de se tornar uma febre nas concessionárias americanas.



As marcas parceiras fazem parte do filme de maneiras que variam de menções nos diálogos a numerosos momentos de visibilidade na tela. Em troca, os proprietários das marcas ajudarão a veicular o filme com comerciais, cartazes, concursos, festas, eventos em lojas, promoções de ingressos e até mesmo produtos com rótulos inspirados por Sex and the City.

"Posicionamos este filme desde o começo como o 'Super-Bowl para mulheres'", disse Chris Carlisle, presidente de marketing das New Line Cinema, parte do grupo Time Warner, tomando de empréstimo uma frase usada pelos publicitários para designar a grande audiência feminina que acompanha a cerimônia de entrega dos Oscar em todo o mundo.

"Assim, queríamos nos alinhar apenas a marcas que fizessem sentido, que se combinassem bem à marca Sex and the City", ele acrescentou, "e ampliassem nosso alcance, em lugar de criar sobreposição".

Houve um cuidado em não ter marcas que não condizessem com a realidade em que as personagens vivem. Ou seja marcas como Burguer King ou Coca-Cola ficariam de fora deste cenário. Segundo John Melfi, produtor executivo da série e do filme: As marcas foram incluídas nos roteiros para fins de verossimilhança, e não como merchandising, a fim de estabelecer a realidade do mundo em que viviam as personagens".

Por exemplo, a Bag Borrow or Steal (grife americana de bolsas) se envolveu com o filme porque um personagem menciona a empresa no roteiro, conta Melfi. "Trata-se de uma história de Cinderela para nós", disse Jodi Watson, vice-presidente de marketing da empresa. Em troca, a empresa oferecerá aos visitantes de seu site (http://www.bagborroworsteal.com) uma chance de assistir ao trailer do filme, ganhar ingressos para a estréia ou adquirir produtos inspirados por Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda.

Executivos da Glaceau expressam opinião semelhante. "Só formamos parcerias com produtos que se adaptem bem à nossa imagem", disse Rohan Oza, vice-presidente de marketing da Glaceau.

A "onipresença da Vitaminwater no varejo de Nova York" - a cidade em que o filme, e a série que o inspirou, se passam -, significa que "as pessoas não terão dificuldade para aceitar essa parceria".

Enfim, o filme é atualmente um dos maiores exemplos do trabalho de marca, tanto pela marca Sex and the City, passando pelas marcas Sarah Parker, Samantha, Charlotte e Miranda, e chegando as super marcas, como Louis Vitton e Mercedes-Benz. Mudando a experência de assistir a um filme, transformando em um grande comercial luxuoso, que já virou estilo e certamente abrirão portas para outras formas de abordagem e inserção de marca. E finalizo este post comentando como uma marca pode se transformar em um conceito social e uma forma de vida se inserindo de forma natural organicamente, conceito muito bem enfatizada por Martin Lindstrom em seu livro Brand Sense


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