quarta-feira, outubro 28, 2009

Utilizar o tempo perdido

A comunicação hoje tem tido cada vez mais impacto na vida das pessoas. A essência da publicidade é comunicar, é informar aquela necessidade de consumo que existe, porém hoje a publicidade (coloco como termo correto a propaganda), se tornou interruptiva ao extremo e invadindo todos os objetos que temos e compramos. Ou seja, o que se move, o que se acende, o que se manipula por trás disso já tem, já teve ou terá algum publicitário - ou até mesmo marketeiro, pensando que pode ser mídia.

Fato é que tempo é luxo. Tempo é escasso e tempo perdido é desperdício. Porém, uma mídia que vem crescendo muito no Brasil, tem se aproveitado deste "tempo perdido" que nós seres capitalistas temos cada vez mais escasso, que é a Midia-out-of-home ou Tevês Corporativas ou Outhernet, como Walter Longo Diretor de Inovação da Y&R, profissional que admiro muito, cita.

Midia-out-of-home é nada mais nada menos que aproveitar espaço onde pessoas estão destinando tempo para realizar alguma atividade para inserir algum conteúdo relevante e que esteja alinhado (ideal que esteja) ao ambiente. Sabe aquelas tevezinhas na fila do Supermercado? Sabe aquelas tevezinhas no Banheiro ou no hall de restaurantes ou nas praças de alimentação dos shoppings? Ou até mesmo dentro de empresas. Pois bem, isto é chamado de MOOH ou Digital Out Of Home


Os consumidores de mídias Out Of Home vem mostrando eficiência delas e, por isso, hoje o OOH é parte das estratégias de Marketing de muitas empresas no país. Porém é necessário que se haja conexão com a marca e a criação e o marketing e a estratégia de mídia. “É preciso que a estratégia de mídia tenha aderência com o Marketing”, aponta Otto Pajunk (foto), Diretor de Mídia da Artplan.


O que eu acho de interessante nisso? É que a propaganda está saindo do que se caracteriza mídia de massa e procurando novas maneiras de impactar. Nada de novo. Porém poderia pensar: o quão gostaríamos de almoçar vendo um anúncio de um empreendimento imobiliário sendo vendido nessas tevezinhas, mas opto em pensar que SOMOS TODOS CURIOSOS. Estamos cada vez mais VINGATIVOS e cada vez mais COLABORATIVOS. Curiosos porque queremos saber das coisas por isso olharemos para as tvs, vingativos porque devolvemos o troco para aquela empresa/marca que não nos apetece e somos colaborativos com o que realmente gostamos.


Então, quando vimos algo relevante compartilhamos, quando não vimos também compartilhamos só que negativamente ou pior ignoramos. Porém todos nós somos curiosos.

Essa mídia é segmentada? Dá até para ser, dependendo do estabelecimento. Segmentar one-to-one? Ainda não, quem sabe quando tivermos leitores ópticos nos banheiros ou quando tivermos leitores biométricos nas pias de restaurantes e shoppings.

Wal-Mart TV nos Estados Unidos

O que vamos fazer até lá? Procurar meios deste consumidor não digerir a informação e sair sem nenhuma mensagem. Como? Sendo relevante e adequando mensagem à mídia e sendo discreto. Afinal ninguém gosta de termos sempre na nossa frente aquele retângulo pretinho pipocando comercial de hambúrguer suculento em um elevador de hospital.

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