Em um post chamado "If only I wanted to own a Juice shop, I would have started a Movement" da @hklefevre - figura carimbada no cenário de planejamento mundial, expôs algo interessante (que me fez lembrar um post anterior Precisamos mudar a perspectiva de como construímos as marcas?), sobre a força e o poder que cada um tem e pode ter independente do setor.
No post Heather relata o apreço por uma loja de sucos (Frood) que ela gostava muito, que ficava perto da sua casa, mas que infelizmente num belo dia passando pela frente percebeu que a loja tinha sido colocada à venda. Acreditando tanto que aquele tipo de loja (que propunha venda de sucos naturais feitos na hora) e toda o seu benefício alimentar e de saudabilidade estava fornecendo à comunidade e ainda por gostar muito de sucos. Ela pensou em possibilidades que com a expertise dela, poderia tomar para ajudar aquele negócio, fazendo-o se reerguer.
Parte do post (traduzido):
Imaginei-me substituindo as meninas desinteressada atrás do balcão e fazendo de cada cliente um fã de sucos, espalhando a boa palavra em torno da cidade.Eu pensei em como eu iria mercado da loja. Além de toda a presença do social que falta, eu imaginei colocar 50 ou 100 cópias do documentário em caixas de correio no bairro. Devolver o DVD para a loja para um suco livre. Em seguida, repita. Estou convencido de que eu teria salvado esse negócio. Se apenas eu quisesse possuir uma loja de sucos. Mas isso é o que inicia um movimento. Verdade, crença apaixonada de que outras pessoas possam comprar.Hoje temos a possibilidade de criar movimentos, instantâneos ou não, perenes ou não, comunicados ou não, mas o digital nos fornece hoje um leque. Movimentos sociais a favor, positivos ou negativos. Irônicos ou engajados.
Ter a vontade de sair da hierarquia de empresa e cliente e se prestar a fornecer sua expertise para ajudar uma empresa é uma atitude altruísta tremenda, que as marcas podem se valer disso com iniciativas visando o coletivo e não o individual.
Será que uma empresa que percebe que uma loja de outro segmento é um ponto ícone local para aquela comunidade. Revitalizando/ajudando através de uma sensibilização pelo crowdsoursing, poderia ser um caminho de aproximar o "eu" ao "eles", tornando a empresa um membro da sociedade junto a outros em prol de uma causa?
Isso me fez lembrar o poder importante que cada pessoa, como cada profissional tem de mudar algo que gosta, algo que acredita, o cliente que atende e/ou até um comportamento social. Iniciativas como a excelente Nova S/B fez para o Largo Batata (bairro de São Paulo) montando uma agência pop-up para atender uma região degradada de São Paulo, são inspiradores e relevantes para perceber nossa atuação social. (alguns trabalhos feitos aqui)
Diante da percepção de que "as marcas ajudam as pessoas a definirem elas mesmas", podemos perceber que ela pode ser um gatilho de atuação localmente na comunidade, sendo uma campanha publicitária "apenas" o reflexo e o reforço destes conceitos humanos (e verdadeiros e vividos) que as marcas devem evangelizar pelas suas promessas.
Utopicamente ou não, achar que alinhar consumer insights, com brand promise e oportunidades locais, pode ser um caminho vitaminado para entregar melhores relações com o consumidor/pessoa e à sociedade.
E concluo parafraseando palavras do Jura Craveiro: "as marcas serão definidas por sistemas circundantes", que terão que criar ecossistemas de relações sustentáveis.
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