sábado, julho 03, 2010

O Jazz. O Planejamento. A Agência. A Liderança



Dentro de uma agência de publicidade, que também é uma empresa, os funcionários/colaboradores/voluntários, são vistos como peças importantes desse processo que é a comunicação, mas que não deixa de ser uma empresa com suas indissiocracias e 'doenças'.

Na agência existem pessoas que surgem elos importantes dentro de uma cultura, que propagam, defendem, apaziguam, estimulam e organizam, estes são os líderes, (sim, dentro de uma agência de publicidade também existe a figura de um líder).

Em leitura do livro "Liderança Baseada em Valores" de Carmem Migueles e Maco Tulio Zanini, que reune diversas opiniões de grandes empresários e consultores. Várias coisas me chamaram a atenção: a existência do líder institucional e do líder interpessoal.

O que se diz no livro: "Líder interpessoal: ajeitar o curso da interação humana, facilitar a comunicação, evocar uma devoção pessoal e acalmara os ânimos. Sua Perícia tem pouco a ver com conteúdo, ele está mais preocupado com pessoas do que com políticas." Já o Líder Institucional, é "aquele que é um perito na promoção e proteção de valores."

Percebendo por essa ótica, as vezes seu companheiro de sala faz o papel do líder interpessoal ou o cara do "deixa-disso" e as vezes você nem percebe. Ter e contratar pessoas que são percebidas como apaziguadoras de ambiente é saudável para diminuir o excesso de competitividade que uma empresa pode ter, além de estimular um contato mais humano.

No entanto, o Líder Institucional pode ou não ser figurado em seu chefe, (ou gerente), mas é importante existir por ser um "Lembrete" diário de que tais valores da empresa precisam ser seguidos. Mas e quando sua empresa não tem cultura, valores e identidade estabelecidas claramente, o que vale desses líderes? Difícil resposta, porque assim, existirão cada vez mais 'líderes interpessoais' e até 'líderes negativos' (os reclamadores de plantão). Por isso é tão importante ter representado através de ações o que sua empresa/agência quer/pensa/imagine/intenciona passar. Isso me lembra uma frase que li num ppt do Tony Heish, CEO da ZAPPOS:


Sim, mas o que isso tem a ver com Jazz e planejamento?

Bem, o Jazz é um exemplo perfeito de criatividade e inovação organizadas, de motivação, autonomia, alegria e encantamento, pois as pessoas não têm estado de repouso, ficam alertas para a imprevisibilidade-surpresa que existe na música e a dinâmica que existe entre os músicos. Segundo Peter Drucker é o melhor exemplo de união entre liderança e gestão, pois todos são autônomos e todos são líderes próprios.

O planejameto nessa enseada toda acaba sendo um misto dos dois líderes citados, pois ele precisa manter um foco nas políticas, visões, em imersões na cultura e valores do cliente, quanto ter/manter um "deixa-disso", "tapinha nas costas saudável" com todas as áreas: é como se ele fosse o azeite de uma salada, ou um baterista que você pode não perceber na linha de frente, mas ele dá um ritmo, emprega um estilo a música.

E aí seus líderes, sua agência, seu planejador, estão escutando Jazz?

Nenhum comentário: