Se a cor é parte integrante da MARCA, a cor é inegociável. Mas a MEDIAL negociou.
Durante anos a MEDIAL SAÚDE situou-se dentre as empresas de porte médio do negócio de planos de saúde. De três anos para cá, com uma nova gestão, e aproveitando-se de forma brilhante do momento do país e da demanda por novos papéis na BOVESPA, abriu capital, decolou, capitalizou-se, e vem comprando e incorporando empresas. Hoje, briga nas primeiras posições do ranking.
Agora acaba de comprar o espaço principal da camisa do CORINTHIANS, que seguramente terá o maior tempo dos holofotes concentrados em suas partidas pela série B do Brasileirão. É pouco provável que qualquer time da série A venha ter a cobertura, a torcida nos estádios, e a audiência na televisão que o Timão. Mesmo pagando R$ 16,5 milhões pela camisa por um ano de contrato, considerando-se sua estratégia para os próximos anos, e a exposição do time do Parque São Jorge, fez um ótimo investimento.
O que não poderia em hipótese alguma era eliminar de sua MARCA uma parte integrante e essencial, o verde. Mais que isso, e segundo as matérias publicadas nos jornais, “a empresa já se comprometeu a reavaliar o uso da cor verde em sua MARCA, presente na carteirinha de alguns planos de saúde”. Em verdade, o verde fez e faz parte da MARCA durante boa parte da trajetória da empresa. E faz todo o sentido. VERDE combina com saúde, e com o negócio da empresa.
Mas estranha ainda a declaração de seu presidente, LUIZ KAUFMANN, “somos dinâmicos e flexíveis e dessa forma aquela cor não estará na camisa corintiana, vamos começar com preto e branco”. Vão começar? E depois?
Não existe a menor importância e relevância alguma nos dirigentes da MEDIAL serem ou não flexíveis. O que importa – e apenas o que importa – é a percepção de seus suspects, prospects e muito especialmente clients; sem falar nos parceiros, fornecedores e equipe interna. E para eles, o VERDE, é essencial, na MEDIAL. Ou era... De resto, plano de saúde em preto?!- Comentário -
A Medial Saúde está fazendo uma incoerência de gestão ao retirar (mesmo que em apenas uma mídia - ainda mais sendo de grande exposição) um dos grande elementos associativos que é a cor, levando em conta o mercado da saúde tão competitivo que ela está inserida, é no mínimo curioso a decisão do presidente em abrir mão a favor de uma exposição digamos, "errada" do seu logotipo.
A cor é algo único de uma empresa é um dos elementos que facilmente vem a nossas cabeças quando pensamos em marca (e/ou logotipo) além de serem associações claras que podem trazer benefícios para a marca. Vermelho? Coca-cola, Virgin, Santander, Hiper Bompreço etc. Azul? Varig, Caixa Econômica etc. Amarelo? Banco do Brasil... E assim para cada cor temos uma lembrança de uma sensação daquela marca. Recentemente tivemos uma discussão referente ao novo logotipo da Vale, pois se assemelhava com a do Banco Real. Porém com temas bem distintos ao caso Medial. No entanto, a real importância da cor na construção imagética da marca é de extrema importância.
Pergunto-me porquê? Será que o presidente é Corinthiano? Será que foi um medo da associação com o Palmeiras? Realmente não me entra a resposta para o 'flexível'. E ainda me abismo mais quando leio do próprio presidente da Medial: "O que o Corinthians está fazendo é um ato de respeito. Se o clube elegeu uma cor como símbolo (nesse caso duas, o preto e o branco), cabe a nós respeitar. Vemos isso como uma relação de respeito aos torcedores".
Não é necessária essa adequação para o PB, não sei se entra custos ou é apenas uma opção contratual. Essa opção (imposição) do Corinthians, serve como um alerta para futuras parcerias entre empresas ou possíveis co-brandings nas mais diversas áreas. A cor também faz parte da identidade e deve ser levada com mais firmeza em uma gestão.
Fontes: http://esportes.terra.com.br/
http://www.bobnews.com.br/
http://www.mmmkt.com.br/
http://echoes4ever.blogspot.com/