A fabricante alemã de automóveis BMW teve aumento de 6,5% nas vendas nos sete primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2006, totalizando 853.202 carros de luxo vendidos.
A empresa divulgou nesta terça-feira que as vendas da marca BMW subiram 6,2% de janeiro a julho, fechando em 726.414 unidades.
Já a marca Mini se recuperou da queda no ano passado e registrou aumento de 8,2% no período atual, totalizando 126.441 carros. O fato de a nova geração do modelo já estar disponível nos principais mercados contribuiu para o aumento.
No ano passado, as obras para a ampliação da capacidade produtiva na fábrica de Oxford (Inglaterra) provocaram uma redução na fabricação do Mini.
As vendas de todo o grupo BMW em julho atingiram 123.017 veículos, 20% a mais que no mesmo mês de 2006.
No mês passado, as vendas da marca BMW chegaram a 104.096, um aumento de 20,2% em relação aos números de julho de 2006. Já as da marca Mini aumentaram 19,1%, fechando em 18.838 veículos.
No mês passado, as vendas da Rolls-Royce, também pertencente ao grupo, aumentaram para 83 unidades, 62,7% a mais que em julho de 2006.
Para os próximos meses, a empresa alemã prevê novo aumento nas vendas, que ficaram contidas no começo do ano devido às mudanças em alguns modelos.
No ano passado, as vendas do grupo tiveram aumento de 3,5%, totalizando 1,37 milhão de unidades.
Fonte: Folha de São Paulo
O que vem acontencendo?
Investimento em marketing? Mudança de posicionamento? Redução de preços dos automóveis? Crescimento do target ? Incentivos fiscais? Movimentação no mercado de automóveis?
Como a BMW anda conseguindo crescer diante de um mercado cada vez mais acirrado, que é o de carros de luxos? Qual sua estratégia?
Acredito que os seus investimentos estão sendo direcionados melhor à publicidade com campanhas mais constantes, na tradição que vai de encontro as novas propostas de mercado, de montadoras japonesas, no mercado de carros luxuosos.
Pois é interessante, em campanhas vemos muito a exposição desses carros, como Camry (da Toyota), Sonata (Hyunday), Passat (VW), Omega (GM), 607 (Peugeot), C5 (Citroën), entre os já sabidos, concorrentes, Lexus, Mercedes, Jaguar, e outros que não entraram nesta lista.
No entanto , algumas desses carros citados, vendem benefícios em suas campanhas publicitárias, atributos físicos, tangíveis, enquanto que marcas consagradas no mercado de luxo, não precisam se valer de: trio elétrico periscópico, ar-condicionado eletrônico intergalático com sistema ultra-mega-power funcional até em temperaturas solares, rodas de 25 polegadas, sistema robótico de alta precisão para impedir o travamento de rodas no ar.
Enfim, essas e outras 'qualidade' oferecidas em anúncios para automóveis, são muitas vezes, informações adicionais que não são tão preponderantes na hora da compra de um carro de 90, 100, 120 mil reais, pois o público que compra este tipo de objeto de desejo, desempenho, conforto são pre-requisitos que já estão inclusos no preço, não precisam serem explicitados em campanhas, pois o sentimento e a percepção desses compradores é que eles adquiriram algo deles, apenas deles, as vezes até personalizado, mas que precise suscitar o desejo e senso de atração para aqueles que não podem tê-lo.
Isso explica que nas maioria das campanhas de lançamento ou sustentação para marcas como BMW, Mercedes e adjacentes essas 'qualidades' são apenas adendos que aparecem apenas para florear ainda mais o conceito elaborado e a mística ao redor da marca e do produto, onde o intangível, é valorizado a ponto de ser vendido como diferencial, vide estilo de vida em outros produtos em outro segmentos.
Vejo que é algo que as marcas antigas, aprenderam e fizeram muito bem, no século passado trabalhando sua marca enquanto que empresas novas com produtos novos (ou nao tão novos) vem, com propostas novas, mas esquecem desse tempero que dá o gostinho a mais na hora de uma compra, a essência do projeto e da marca.
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