quinta-feira, março 01, 2012

Serviços emergem pelo Consumo Consciente

Em um artigo escrito pelo Felipe Lessa, "Consumo Colaborativo, é mais um modismo?" no CHMKT, levantou-se a questão do Consumo Consciente como uma das tendências econômicas e sociais que o mundo vem passando. Motivados por questões como diminuição de espaço físico, melhoria (ou decréscimo) de renda, vontade de conexão-humana, reaproveitamento de produtos redução da emissão de gases poluentes etc. 
"A britânica WhipCar, por exemplo, é uma rede social que serve de ponte entre consumidor e fornecedor. De um lado está A que tem um veículo que não usa com freqüência e busca uma maneira de diluir seus custos com manutenção, gasolina, etc. Do outro está B que busca um carro por somente algumas horas ou para viajar num final de semana, mas não pretende ter um carro." Felipe Lessa
Curiosamente no último NRF 2012, a maior feira de varejo do mundo deste ano nos EUA, um dos painéis Conscious Capitalism, (veja entrevista com o CEO da The Container Store) ganhou destaque com este tema. Como rever todo o seu modelo de negócios para oferecer mais verdade, mais transparência, mais serviços e menos produtos, sendo uma maneira mais consciente e sustentável com a sociedade e o ambiente. Projetando-se como uma tendência que as grandes devem abraçar.
"a ideia do consumo colaborativo, mais me intriga do que mostra caminhos prontos. Será então que alguns produtos se tornaram serviços, que pagaremos pelo seu uso e não para possui-lo? E as empresas, vão participar deste movimento e mediar essa nova relação de consumo?" Felipe Lessa
Lendo este artigo Value Co-creation, do Arne Van Oosterom, realçou este lado importante de observarmos se precisamos de mais produtos ou realmente o que precisamos é de meios (serviços) para suprir desejos humanos e não de consumo.
"A product or service is merely a means to an end. The real deeper value lies in the context, the story attached. I don’t want to own a phone – I want to be able to stay in touch with my friends wherever I go. I don’t want to use a train - I want to be home with my wife and children. I don’t want to use a financial service – I want to do the smart thing and feel more secure about the future by saving money." by Arne van Oosterom
É importante ressaltar aqui que a percepção de que através de um consumo consciente, melhores modelos negócios poderão ser criados e que produtos e serviços serão criados realmente apenas para suprir uma necessidade menos pontual e mais duradoura. Abre margem de pensarmos qual será o futuro do capitalismo.  

Ser "bonzinho", ser preocupado com o meio-ambiente será encarado como obrigação social e pre-quesito que funcionários adotarão com mais vigor. Pensando assim, de uma certa maneira as empresas, diferente dos governos e sua baixa-velocidade, levantarão mais alto posturas que reconfigurarão a forma como lidamos com o dinheiro. Talvez lá na frente daremos mais valor ao que realizamos e não ao que parecemos ser. Fazer certamente será uma moeda mais valiosa de construção de reputação e caráter para empresas, novos produtos, políticos e pessoas comum no futuro.Hoje ainda somos acostumados com o "jeitinho".

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