sábado, março 31, 2012

A cultura quem cria somos nós

Lendo um post do Mike Karnjanaprakorn, CEO da Skillshare, falando de como lançar uma startup com uma cultura, ele postou esta imagem que me chamou atenção - do Eric Ries.

No post ele adiciona um video do Jack Dorsey, co-founder do Twitter onde ele explica que adotou a cultura de criar varias startup´s dentro de uma startup. Penso que este modelo diferente daquele que em muitos lugares funcionam como aquele "você se vira para sobreviver" é talvez mais eficaz por ser amparado por um gestor (e cultura) e não um fiscalizador que te pune e lhe põe e não elimina barreiras.

O que eu quero dizer? Deixa me explicar. As vezes em algumas empresas é criado aquele "departamento-paralelo" de projetos, que tem por objetivo ser uma espécie de "bala de prata", uma vitrine para o mercado etc. criando e lançando projetos, idéias e que se vingar a gente investe, se não, vai acabando aos poucos. 



Aí "pós-não-dado-certo", nós podemos pensar (ou o nosso "chefe" pensar da gente): "Eu não era tão empreendedor, assim." Ou não, você sai com o gosto de dever cumprido, mas magoado internamente. Contudo, o que acredito que muitas vezes acontece é a falta de uma "orientação embaixo do guarda-chuva". Ao invés de lançar-se em um projeto que limita-se a puramente ser avaliado pelo nosso grau de talento de gerenciar e de auto-gerenciar, acho que muitas vezes somos esquecidos. 
Habilidades todos nós temos ou podemos adquirir, mas relacionamento interpessoal top-down nem todos nos dão. Por isso penso que ter um coach na empresa (ou para aquele projeto) é algo bem interessante de se propor quando queremos lançar iniciativas paralelos in company. Afinal, é bem provável que nós nos cobremos mais. 


O coach neste sentido serviria como um conselheiro e um observador presente do andamento da idéia, adicionando conhecimento, orientando processos e avaliando idéias. Para empresa, pode ser encarado como um custo a mais (e é), mas será que não teríamos uma segurança maior na entrega?

Estou lendo "Os primeiros 90 dias", de MICHAEL WATKINS,  e logo no primeiro capítulo ele comenta, que muitas pessoas quando são promovidas não conseguem desempenhar suas atividades e voltam ao seu posto anterior, porque se agarram ao passado - porque não são orientadas ou não fazem uma reflexão como: "Eu cheguei até aqui por estes motivos, minhas habilidades e competências. Estão me promovendo para resolver problemas novos, que não conheço."


Empreender não é para qualquer um. E é muito comum "irmos na louca e depois vemos como será". Penso que não existe ação sem conhecimento. Deixar puramente que nossa motivação e determinação sejam combustíveis para o nosso sucesso é apostar alto. Só que aí penso: "Será que temos tempo para analisar antes de executar?" Na maioria das vezes não. Ser empreendedor é superar seus próprios medos e um exercício de criatividade e busca da excelência. Nós crescemos baseados na nossa determinação e não na motivação. 


Um tweet da @rosana me lembrou este post: "Não existe sucesso sem processo.". Mas antes disso o motivo que "Accountability" está na base da pirâmide na imagem é que temos que "ser excelentes" antes de abraçar um processo. O senso de urgência que este modelo emprega é necessário para o sucesso de toda a cadeia.

Lembro que estive na ExpoManagement 2011, e vi uma palestra do João Cordeiro especialista no tema "Accountability", ele dizendo que "Accountability vem de dentro para fora", porém a empresa tem papel importante para impulsionar. Comportamento participativo? Ou seja, quem "te gerencia" é um líder mesmo ou um "supervisor dos seus trabalhos"/julgador"? Se for a segunda opção, não há motivação que sustente qualquer "departamento-paralelo". 



O João falou:
  • Pessoa comum: piloto automático, conformado, faz o que é pedido, micro gerenciado, formalidade, se coloca como vitima 
  • Pessoa Excelente: estado de alerta (fator de longevidade), inconformada, macro gerenciado, auto motivado, paixão por realizar, ambiciosa
  • COMO SE TORNAR EXCELENTE:
    1. Estado de alerta
    2. Perceber
    3. Pegar para si
    4. Pensar diferente
    5. Agir!
    6. Gerar resultados
(Modelo ideal né? Todos os dias me cobro para manter-me e ser a "pessoa excelente" deste quadro. A auto-cobrança excessiva se não equilibrada nos trava.) Penso que para sermos antes de qualquer coisa um empreendedor nas nossas vidas, temos que aprender a aprender e lidar com nossas experiências, mas também temos que ter uma orientação. As vezes ao longo da vida, estas orientações, vem dos livros os até dos nossos pais na maioria das vezes.


Seguir pelo que acredita é importante, mas não a única maneira. Acredito muito na orientação que Endeavor, Sebrae dão para pessoas, empresários. São percepções valiosas que servem para construir nossa personalidade também no trabalho. 

O futuro (ou presente) nos empurra um modelo de ser cada vez mais competitivo e focado em nós mesmos e nossas metas mais altas, leia-se "cabeludas".
O futuro nos exige no presente. Quero muito estar sempre alinhado aos meus objetivos de vida. Metas altas sempre são importantes, mas ter o sentimento "People" (topo da imagem) a cada decisão que eu faço é o meu norte de vida. 
Quanto mais você exigir de si, menos você deve pedir para as pessoas, mas mais você deve envolvê-las. Afinal, tudo nasce de dentro. Cada funcionário é uma cultura e cada cultura nasce baseado em experiências e referências (ou orientações).

terça-feira, março 27, 2012

"Ser Marca não é Fácil" [1]

Ser Marca não é Fácil. 
Este foi o título da palestra que dei na Trevisan - Escola de Negócio, neste último sábado (24.03). Foi uma experiência muito enriquecedora pelo público - seleto, que estava lá.

A convite de Marcos Hiller - coordenador do curso de Branding da escola fiz a palestra acompanhado de gente interessada em Branding. A idéia do Marcos, é criar um grupo de estudos sobre Marcas, discutindo questões de mercado, artigos e questões práticas do dia-dia de como gerenciar uma marca. E eu tive a honra de ser o primeiro "convidado" (e também estou participando do grupo) a dar uma humilde contribuição.


Vou formatar a apresentação e disponibilizar assim que puder aqui. Abraços a todos!

quarta-feira, março 21, 2012

Conteúdo não é rei


"Content’s not king. If you were going to a desert island & you had the choice of taking your friends or your DVDs, you’d take your friends. If you didn’t, we’d call you a sociopath. Content isn’t king, content is just something to talk about."  Cory Doctorow 

Quando o #fail é visto e quantificado

#fail 2011

View more PowerPoint from E.life
Pesquisa interessante da E.Life que coletou durante 1 ano todas as menções #fail no Brasil e as classificou em 14 categorias. Vale ver os slides.

A Tirania do Hoje nos commoditiza

Com o crescimento do capitalismo a Tirania do Hoje impera cada vez mais fazendo com que criemos negócios  mais executados do que pensados. 
The tyranny of today is based on our business as usual operating models and the perverted ways in which they drive our strategies, our thinking and the way we apply resources. 
A Tirania do Hoje acelera a obsolescência dos produtos e a fixação do ROI quase que diário. Em alguns mercados é sua dinâmica, é o seu Estilo de Jogo, como no varejo, mas em mercados de bens duráveis, de serviços isto é um grande problema.


Somos automatizados a jogar problemas para longe de nós (o melhor caminho é o futuro) e depois dizer que não sabíamos ou não tínhamos essa perspectiva naquele momento. É complicado, mas é o que atualmente acontece. O hoje impera. O hoje é para agora e o hoje consome o futuro que ainda não chegou. 

Neste post do Jeffrey Phillips, ele levanta a questão que para propor serviços e inovações não podemos nos submeter a tirania do hoje. A falta de pesquisa e estratégia commoditiza nosso pensamento. Entender que estratégia por si só é uma maneira de pensar a médio-longo prazo. E não confundir tática com estratégia, nem apagar incêndios com evitar incêndios, já seria um bom início. Reativo versus Proativo (ou preventivo). 


Vale entender que somos cobrados no hoje, mas por pensamentos de hoje e não projeções para o amanhã. (Bater o trimestre é o que gera lucro afinal!) Cuidado para a tirania do hoje não te definir ao invés de você (empresa ou pessoa) conseguir definir o seu próprio futuro. Melhores decisões hoje, para melhores amanhãs.

terça-feira, março 20, 2012

Quando a tecnologia se torna ítem de crescimento da sociedade

"Ao co­lo­car a tec­no­lo­gia no cen­tro de in­dús­trias tra­di­cio­nais como calçados ou au­to­mó­veis, essas mar­cas estão crian­do uma nova forma de en­xer­gar cer­tos se­to­res. O que vai in­ter­es­sar daqui pra fren­te é a co­nec­ti­vi­da­de dos pro­du­tos e os am­bien­tes di­gi­tais nos quais eles estão in­se­ri­dos e não só os pro­du­tos iso­la­dos em si. Logo, é bem pro­vá­vel que muito e breve toda em­pre­sa se torne uma em­pre­sa de tec­no­lo­gia. "
Continue lendo aqui

terça-feira, março 13, 2012

Frase do dia: Cindy Alvarez

“You can’t identify one thing and then stop talking to your customers and go build.  Because you’re not really building a product – you’re building an environment that supports increasingly educated guesses.” – Cindy Alvarez

domingo, março 11, 2012

early adopters vs late adopters


Não podemos esperar a tecnologia para salvar o mundo

O mundo pede socorro, ainda, sem ser ouvido
"O atual sistema (no mundo) está falido", diz Bob Watson. "Está conduzindo a humanidade para um futuro que é de 3 a 5 graus Celsius mais quente do que já tivemos; e está eliminando o ambiente natural, do qual dependem nossa saúde, riqueza e consciência. (...) Não podemos presumir que a tecnologia virá a tempo para resolver; ao contrário, precisamos de soluções humanas." - sobre o documento de 22 páginas entregue no último dia 20 de fevereiro, em Nairóbi, no Quênia, aos ministros reunidos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - aqui 

[é preciso criar caminhos para atribuir valor à biodiversidade e seus serviços, base para uma "economia verde". Mas para isso será preciso ter novos formatos de governança em todos os níveis - hoje as avaliações cabem a estruturas políticas, sociais, econômicas, ambientais, separadas e competindo entre elas.]


Leia o estudo - www.af-info.or.jp

sexta-feira, março 09, 2012

KONY 2012 - A força de uma postura pessoal pode mudar o mundo

Definitivamente uma das melhores demonstrações de amor por uma causa que já vi. Usar a força do crowd para expor de forma estratégica um dos assassinos procurados no mundo, pelo Facebook. Simplesmente EMOCIONANTE e inspirador.  

Foque não apenas na força das Mídias sociais, mas de uma postura pessoal. Da liderança e da causa. A força da coletividade utilizando a tecnologia, a bondade e o poder político (até o Obama apoiou) podem mudar destinos e mindsets em todo o mundo, basta você ter uma causa verdadeira. 

Acho que é uma lição de vida que o Jason traz para o mundo. Pequenas ações apoiadas por grandes (e pequenos) cidadãos podem surtir efeito não apenas localmente. É a mudança de um paradigma. Agir Localmente para mudar Globalmente. Um novo mundo surge. 
A transparência e a visibilidade à favor do ser humano.
Em resumo, é a história de um cidadão americano comum que viajou para Uganda e descobriu a história de Jacob que vivia sobre a égide de Joseph Kony, um ditador que através da violência recrutou centenas de jovens para serem escravos, assassinos e fazerem atrocidades à famílias e espalhar o medo em Uganda. Puramente sem ter um motivo claro. Sensibilizado pela história de Jacob, ele - Jason, criou um movimento utilizando o Facebook como plataforma principal para capturar esta espécie de ditador (nem sei como nomeá-lo). Detalhe: ele era um dos mais procurados no mundo, mas ninguém conhecia ele. Então, "promoveram" ele (kony2012.com), conseguindo apoio em comunidades locais e fazendo com que o governo (Obama, senadores...), artistas (Shepard Fairley, Bono Vox, George Clooney, Bill Clinton...) e opinião pública forçassem enviar tropas para prender este genocida e parar a matança e o cárcere que Kony promovia.

Reserve 30 minutos da sua vida para ver este filme! É um relato emocionante de uma postura pessoal-social que uma(s) pessoa tomou e que mudou a vida de inúmeras. Assista! Valeu @isnard



-Tem um post que você pode gostar, 
Precisamos mudar as perspectivas de como criamos as marcas? que reflete sobre o poder que as marcas e causas sociais.

sábado, março 03, 2012

O problema é de todos

"Para algo ser bom para o consumidor ele não precisa ser bom para nós (comunicadores)." @crisdias
Conversando com um amigo @isnardgurgel pelo Facebook, a partir de um post muito bom do @crisdias no Brasintorm 9, sobre o Pinterest. Levantamos diversas questões, que não são necessariamente novas, mas que permeam e se acentuam no dia-dia da cadeia de comunicação. Como resolver problemas que não sejam apenas através de campanhas ?

O que vivemos hoje é uma profusão de (bons) exemplos de idéias que estão se tornando lucrativas. Antes as idéias eram anúncios (comunicação), hoje as idéias estão se tornando negócios. E aí que a coisa pega. Ao meu ver o Brasil sempre foi excelente em idéias - leia-se prêmios em Cannes, mas pouco inventivo na área de negócios. Temos poucos exemplos notórios que podemos (você pode conhecer algumas aqui e aqui), e que ganharam mídia, como o Mike Krieger do Instagram, o Eduardo Savarin do Facebook e a Isabel Pesce da Lemon, Boo-box, Camiseteria...(Existem mais eu sei, mas digo para grande massa).

Acho que a falta de grandes exemplos é um problema da cadeia de inovação no país, que nos EUA vêm afetando de forma crucial o modelo de negócios e de verba de mídia há tempos.

Nos EUA, a média de idade para ser um empreendedor é bem baixa. Os jovens já tentam ser empresários desde cedo, (empresário de qualquer ramo, não necessariamente "criar uma startup"). É uma cultura instituída de buscar sozinho o seu sustento, de 'empreiteiro', diante de uma forma de educação que estimula o "faça você mesmo e ande com suas pernas" desde cedo. Aqui no Brasil a coisa é diferente, temos uma tradição de educação e criança familiar mais paternalista e protetora, que adia este estímulo para lá para os 35 anos mais ou menos, em média .Mas isso vem mudando para melhor. Estamos andando a base de pitch, que talvez ainda sejam  poucos os investidores. Falta o governo e políticas públicas fortes e cargas tributárias.

No Brasil, por diversas questões históricas, desde da falta de investimento em Inovação - afinal ainda temos grande carga de exportação de produtos de bens de consumo não duráveis grande e, incubadora e instituto de pesquisas que geram conhecimento. Entrando aí a participação do Governo. Certamente temos muitos gênios esquecidos e/ou desestimulados Brasil a fora.

Temos "poucos" exemplos no Brasil - digo na área de business, de escolas que pensem e repensem negócio e sua atuação social, como a Stanford e Harvard. Eles são ícones. Ou seja, sem uma geração de conhecimento muito própria, somos replicadores de modelos e não repensamos-os. Estou sendo drástico ? Talvez. É um palpite apenas.

Quando falo em modificar a maneira de pensarmos em "business model" é enxergar o extraodinário case da Magazine Luiza, modificando e criando um ecossistema novo de geração de negócios e valor novo, usando a tecnologia a favor da venda. Totalmente fora da curva. podeira dizer que ações do Itaú, com as bicicletas no Rio de Janeiro também poderia ser algo fora da curva.
"Campanha não torna a vida da Dona Maria melhor depois dos 3 segundos de risada que ela deu com o filme engraçadinho. Com sorte o produto anunciado vai resolver a vida dela, mas não a campanha."@crisdias
E o que as agências têm haver com isso? Existe uma discussão cada vez mais forte nos EUA de que as agências - muito levada pelo modelo de compra de mídia (lá a mídia é fora das agências), têm que se comportar como startups (veja aquiaqui e aqui), adicionando o componente da tecnologia (cultura digital mais madura que aqui) como importante para geração de riqueza. Daí que vimos uma reestruturação em agências como a RGA, do Bob Greenberg que propõe repensar o modelo.


Aqui para o Brasil, pode demorar ainda este modelo ser aplicado, porque para alguns, ainda fazemos campanhas, ainda fazemos comunicação. Isso somos muito bons! Mas transformar estas idéias em dinheiro e em negócios, e ainda mais, em negócios sustentáveis é mais complicado. Temos pouca autonomia, mas muita vontade. Você percebe pelo gráfico abaixo que existe a preocupação do empresariado:


Somos pagos para resolver os problemas, mas me arrisco a dizer que durante muito tempo a solução se baseava na capacidade-autonomia-visibilidade-importância que o marketing tem dentro da empresas. Por que somos um país de criativos, porém podemos estar sendo apenas replicadores de modelos que os proprios clientes adotam dos americanos, com os mesmas soluções focadas em marketing da década de 80. Coisa que se junta a incapacidade as vezes de lutar contra mercados como a China e a capacidade deles de copiarem uma inovação tão rápido. Daí surgem as perguntas: Como se diferenciar, se tudo acaba no preço? Resposta: Inovação e Marca.


Para esta resposta existe uma frase do Diretor de Inovação da KLM (empresa aérea) e uma das mais invoadoras do mundo pela Wired:
"Nenhuma vantagem competitiva em seu ambiente é de longo prazo, mas enquanto nós podemos fornecer continua inovação, nós podemos ganhar." Ignaas Caryn, Director of Innovation and Venturing da KLM
Gareth Kay, renomado Chief Strategy Officer, Associate Partner at Goodby, Silverstein & Partners, já dizia sobre essa necessidade de se reinventar desde 2008. Clayton Christensen - o Peter Drucker da inovação, também já diz isso há anos - inclusive em sua aparição recente na ExpoManagement 2012. Outro que diz sobre isso é Henry Chesbrough.
Portanto, o que acho que temos que pensar hoje é: Como podemos alinhar prazos curtos, com exigências de mercado e um cliente aberto a inovação, para gerar mais valor e mais entrega para o consumidor? Dando a autonomia para a agência e seus braços (ou escritório de inovação) para atuar como orquestradores para essa entrega. Foco a agência aqui, como puramente "alguém" hoje que detém informação de mercado e de consumidor mais avançado, nesta imensidão de fornecedores. Pode ser ainda - para alguns empresários, o fornecedor que detém maior "credibilidade" dentre os outros. Contudo, é importante que estas agências (de marca, de pesquisa, de inovação) estejam preparadas para estas demandas, coisa que acho que algumas já estão, falta apenas o mercado se abrir a estas possibilidades.
"O segredo da tal da nova comunicação passa por aqui: usar a comunicação para resolver problemas para as pessoas e, de carona, resolver os problemas de marca. É construir coisas que ficam na fronteira entre produto e peça de comunicação."@crisdias
Pedir comunicação e entregar negócios. Não é fácil, mas é necessário uma autonomia e transparência de ambas as partes, cliente e agência/escritório/consultoria. Para isso acontecer, precisamos arriscar mais e ter humildade de perceber que o cliente pode precisar mudar a forma de decidir ou criar produtos. Temos que mudar uma cadeia inteira para mudar este paradigma. Desde remuneração até do conhecimento. Por isso que acredito tanto na especialidade como branding, design thinking, service design que vêm surgindo (ou renascendo) e de uma certa maneira vem propondo repensar valores e atitudes das empresas, para como o Cris falou: .
"Uma empresa nasceu com dois propósitos: marketing e invoação." Peter Drucker
A idéia do post não é provocar nem reclamar, mas observar os movimentos que vêm acontecendo e que temos que ficar atentos.


Mais info: 
http://edsaiani.posterous.com/seu-problema-nossa-especialidade-ajudamos-sua
Start-up não é para jovens: mitos
Empreendedorismo no Brasil

sexta-feira, março 02, 2012

Novo Capitalismo, por Michael Porter



Neste video (otimista e) recente do Michael Porter, para a Harvard Business Review - que escreveu este artigo abaixo, ele fala sobre a necessidade que as novas empresas têm de se adaptar ao novo capitalismo. Repensando seu modelo de negócio, para que a política de que o que é bom para a sociedade também trará lucro, será a grande forma de construir lucro e reputação.

Confesso que não achei algo extremamente novo. Acho que ele demorou um pouco para falar sobre isso, mas claro vindo dele, certamente a coisa vai tomar um peso ainda maior na classe dos administradores e empresários.

Michael defende que é necessário percebermos que a política do "ganha-ganha" deve ser uma prática que deve estar em toda a cadeia. Desde o cara que colheu a matéria-prima até a ponta, o consumidor que recebe o produto/serviço. E através desta nova forma mais 'open' e 'sociável' é possível conduzir melhor e melhores inovações, suprindo melhor as necessidades humanas. Entender que a forma de criar valor hoje é compartilhada não é um assunto novo, mas quando se é Michael Porter falando vale dar uma ouvida.


via aqui

Design Thinking no Deutsche Bank

quinta-feira, março 01, 2012

Serviços emergem pelo Consumo Consciente

Em um artigo escrito pelo Felipe Lessa, "Consumo Colaborativo, é mais um modismo?" no CHMKT, levantou-se a questão do Consumo Consciente como uma das tendências econômicas e sociais que o mundo vem passando. Motivados por questões como diminuição de espaço físico, melhoria (ou decréscimo) de renda, vontade de conexão-humana, reaproveitamento de produtos redução da emissão de gases poluentes etc. 
"A britânica WhipCar, por exemplo, é uma rede social que serve de ponte entre consumidor e fornecedor. De um lado está A que tem um veículo que não usa com freqüência e busca uma maneira de diluir seus custos com manutenção, gasolina, etc. Do outro está B que busca um carro por somente algumas horas ou para viajar num final de semana, mas não pretende ter um carro." Felipe Lessa
Curiosamente no último NRF 2012, a maior feira de varejo do mundo deste ano nos EUA, um dos painéis Conscious Capitalism, (veja entrevista com o CEO da The Container Store) ganhou destaque com este tema. Como rever todo o seu modelo de negócios para oferecer mais verdade, mais transparência, mais serviços e menos produtos, sendo uma maneira mais consciente e sustentável com a sociedade e o ambiente. Projetando-se como uma tendência que as grandes devem abraçar.
"a ideia do consumo colaborativo, mais me intriga do que mostra caminhos prontos. Será então que alguns produtos se tornaram serviços, que pagaremos pelo seu uso e não para possui-lo? E as empresas, vão participar deste movimento e mediar essa nova relação de consumo?" Felipe Lessa
Lendo este artigo Value Co-creation, do Arne Van Oosterom, realçou este lado importante de observarmos se precisamos de mais produtos ou realmente o que precisamos é de meios (serviços) para suprir desejos humanos e não de consumo.
"A product or service is merely a means to an end. The real deeper value lies in the context, the story attached. I don’t want to own a phone – I want to be able to stay in touch with my friends wherever I go. I don’t want to use a train - I want to be home with my wife and children. I don’t want to use a financial service – I want to do the smart thing and feel more secure about the future by saving money." by Arne van Oosterom
É importante ressaltar aqui que a percepção de que através de um consumo consciente, melhores modelos negócios poderão ser criados e que produtos e serviços serão criados realmente apenas para suprir uma necessidade menos pontual e mais duradoura. Abre margem de pensarmos qual será o futuro do capitalismo.  

Ser "bonzinho", ser preocupado com o meio-ambiente será encarado como obrigação social e pre-quesito que funcionários adotarão com mais vigor. Pensando assim, de uma certa maneira as empresas, diferente dos governos e sua baixa-velocidade, levantarão mais alto posturas que reconfigurarão a forma como lidamos com o dinheiro. Talvez lá na frente daremos mais valor ao que realizamos e não ao que parecemos ser. Fazer certamente será uma moeda mais valiosa de construção de reputação e caráter para empresas, novos produtos, políticos e pessoas comum no futuro.Hoje ainda somos acostumados com o "jeitinho".

Cresce o investimento em On line Branding

Nos EUA mais de 64% das empresas americanas pretendem investir na marca no on line em 2012, segundo o estudo da da DIGIDAY e Vizu. Grandes esforços são puramente para gerar Brand awareness. O desafio deste cenário é criar relevância para sua marca através dos canais e plataformas. Que métricas você usa para saber se sua marca está indo bem no ambiente virtual?


Vi este esboço aqui e achei interessante compartilhar, dividindo em Qualitativo e Quantitativo por exemplo, no Twitter/Facebook, como medir sua presença digital.